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O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

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337-Nós também nascemos com o “big bang”, porque toda a matéria do universoforma uma unida<strong>de</strong> orgânica. Nos tempos primitivos, toda a matéria estava concentradanuma massa tão pesada que uma cabeça <strong>de</strong> alfinete pesava muitos milhares <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong>toneladas.Essa "matéria primordial" explodiu <strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>sfez-seem muitos bocados. Mas quando olhamos para o céu, tentamos encontrar um caminho quenos leve lá acima.-É uma maneira estranha <strong>de</strong> pôr as coisas.- Todas as estrelas e galáxias do espaço são formadas pela mesma matéria. Parte<strong>de</strong>ssa matéria comprimiu-se. Uma galáxia po<strong>de</strong> estar a mil milhões <strong>de</strong> anos-luz <strong>de</strong> outras,mas todas têm a mesma origem. Todas as estrelas e planetas são da mesma família...- Estou a ver.-E o que é essa matéria? O que é que explodiu há milhões <strong>de</strong> anos? De on<strong>de</strong> é queveio?- Esse é o gran<strong>de</strong> mistério?- Mas é uma coisa que nos diz respeito, porque nós também somos feitos <strong>de</strong>ssamatéria. Somos uma centelha da gran<strong>de</strong> fogueira que foi ateada há milhões <strong>de</strong> anos.- Já tinhas dito isso.- Mas não <strong>de</strong>vemos exagerar a importância dos gran<strong>de</strong>s números. Basta agarrarnuma pedra. Mesmo que fosse constituído apenas por esta pedra, das dimensões <strong>de</strong> umalaranja, o universo seria igualmente incompreensível. A pergunta continuaria a ser: <strong>de</strong> on<strong>de</strong>vem esta pedra?<strong>Sofia</strong> saiu do carro vermelho e apontou para a enseada.- Apetece-me experimentar o barco - exclamou.-Está preso, e, além disso, não conseguiríamos levantar os remos.- Vamos tentar. É o solstício <strong>de</strong> Verão...-Bom, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scer até à água. Saíram do carro e atravessaram o jardim.No cais, tentaram soltar a amarra que estava presa a uma argola <strong>de</strong> aço. Mas nãoconseguiram sequer levantá-la.- É como se estivesse pregada - disse Alberto.- Mas nós temos muito tempo!-Um verda<strong>de</strong>iro filósofo nunca <strong>de</strong>siste. Se nós ao menos... conseguíssemos<strong>de</strong>sfazer este nó...- Agora há mais estrelas no céu - disse Hil<strong>de</strong>.-Sim, é o momento em que a noite <strong>de</strong> Verão está mais escura.- Mas no Inverno são mais brilhantes. Lembras-te da noite anterior à tua ida para oLíbano? Era o Ano Novo.-Foi nessa altura que <strong>de</strong>cidi escrever-te um livro <strong>de</strong> filosofia. Tinha estado numagran<strong>de</strong> livraria <strong>de</strong> Kristiansand, e também na biblioteca, mas não encontrei nada que sea<strong>de</strong>quasse aos jovens.- É como se estivéssemos no cimo <strong>de</strong> um dos pêlos da pelagem <strong>de</strong>licada do coelhobranco.- Será que está alguém lá fora, na noite dos anos-luz?- O barco está a andar à <strong>de</strong>riva! - exclamou Hil<strong>de</strong>.-Sim, é verda<strong>de</strong>...- Não entendo. Ainda antes <strong>de</strong> tu chegares fui verificar se estava bem amarrado.- A sério?

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