13.07.2015 Views

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

66CAPÍTULO X: A CABANA DO MAJOR“... a moça do espelho piscou ambos os olhos...”.Eram apenas sete e um quarto. <strong>Sofia</strong> não tinha <strong>de</strong> ir correndo para casa. A mãedormiria certamente mais duas horas; ao domingo era sempre preguiçosa.Deveria ela avançar mais no bosque e tentar encontrar Alberto Knox? Mas porqueé que o cão rosnara tão furiosamente contra ela?<strong>Sofia</strong> levantou-se do tronco e foi pelo carreiro do bosque através do qual Hermescorrera. Trazia na mão o envelope amarelo com a longa carta sobre Platão. Por duas vezes ocarreiro se bifurcou, mas ela seguiu sempre o caminho principal.Os pássaros chilreavam por toda a parte - nas árvores e pelo ar, nos arbustos e nomatagal. Estavam diligentemente absortos na sua toalete matinal. Para eles, não haviadistinção entre os dias da semana e o fim-<strong>de</strong>-semana.Mas quem é que ensinara aos pássaros tudo aquilo? Teria cada um, um pequenocomputador <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si, um "programa" que lhes dizia o que tinham a fazer?De início, o caminho conduzia ao cimo <strong>de</strong> um pequeno penhasco, <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong>sciaabruptamente entre pinheiros altos. Daí em diante, o bosque era tão <strong>de</strong>nso que as árvores<strong>de</strong>ixavam ver apenas alguns metros adiante.De repente, <strong>de</strong>scobriu entre os troncos dos pinheiros qualquer coisa azul. Era umlago. Nesse lugar, o carreiro seguia noutro sentido, mas <strong>Sofia</strong> continuou a andar por entreas árvores. Não sabia ao certo por que, mas os seus pés conduziam-na naquele sentido.O lago não era maior do que um campo <strong>de</strong> futebol. Defronte a ela, na outramargem, <strong>Sofia</strong> viu uma cabana pintada <strong>de</strong> vermelho numa pequena clareira ro<strong>de</strong>ada <strong>de</strong>bétulas brancas. Da chaminé elevava-se um fio <strong>de</strong> fumaça.<strong>Sofia</strong> <strong>de</strong>sceu até à água.O solo estava muito úmido em quase todos os lugares, mas <strong>de</strong>scobriu rapidamenteum barco a remos. Estava puxado para terra. Dentro do barco havia um par <strong>de</strong> remos.<strong>Sofia</strong> olhou ao seu redor.Parecia-lhe impossível, indo à volta do lago, alcançar a cabana com os pés secos.Resoluta, dirigiu-se para o barco e empurrou-o para a água. Subiu para borda, colocou osremos nos toletes e remou através do lago. Depressa atingiu a outra margem. <strong>Sofia</strong> <strong>de</strong>sceupara terra e tentou puxar o barco para um lugar seco. A margem era aí muito mais íngremedo que do outro lado. <strong>Sofia</strong> olhou uma vez para trás e <strong>de</strong>pois subiu em direção à cabana.Estava assustada consigo mesma. Como é que ousara fazer isto? Não o sabia;qualquer coisa "estranha" parecia guiá-la.<strong>Sofia</strong> chegou à porta e bateu. Ficou algum tempo à espera, mas ninguém abriu.Girou com cuidado o puxador e a porta abriu-se.- Com licença! – disse - está alguém em casa?<strong>Sofia</strong> entrou numa sala gran<strong>de</strong>. Não se atrevia a fechar a porta. Era óbvio quealguém morava ali.<strong>Sofia</strong> ouviu o crepitar <strong>de</strong> um fogão <strong>de</strong> lenha. Logo, alguém estivera lá há poucotempo. Em cima <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> escrivaninha, havia uma velha máquina <strong>de</strong> escrever, algunslivros, duas esferográficas e muito papel. Em frente à janela que dava para o lago, haviauma mesa e duas ca<strong>de</strong>iras. De resto, não havia muitos móveis; apenas uma pare<strong>de</strong> estavacoberta com uma estante cheia <strong>de</strong> livros. E acima <strong>de</strong> uma cômoda branca, estava penduradoum gran<strong>de</strong> espelho redondo com uma moldura <strong>de</strong> latão. Parecia ser muito antigo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!