15Pági<strong>na</strong>Muito se fala de seca e se atribui a ela, enquanto fenômeno <strong>na</strong>tural,todos os problemas que assolam o semiárido brasileiro. Sabe-se, noentanto, que se a seca e a escassez de água são fenômenos <strong>na</strong>turais, osefeitos maléficos deste problema, margi<strong>na</strong>lizando milhões de pessoas eenriquecendo algumas poucas, são conseqüências e construçõespolítico-sociais. São resultantes da ausência de políticas voltadas para aconvivência com o semiárido.Assim é transferido para o meio ambiente a responsabilidade dosgover<strong>na</strong>ntes de prover aos sertanejos alter<strong>na</strong>tivas que garanta seudireito enquanto cidadão e cidadã: o de ter água potável durante todo operíodo de estiagem. Essa inviabilidade creditada à <strong>na</strong>turezafundamenta a ideologia política que há anos vem sendo implantada <strong>na</strong>região semiárida cerceando a democratização da água.O MOC, juntamente com a ASA, não ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> Bahia, mas em todo oNordeste, acredita que o semiárido é perfeitamente viável quando existevontade individual, coletiva e, principalmente, uma política baseada nosprincípios da equidade de gênero, justiça social, dignidade, valorizandosempre o conhecimento, a cultura do povo que ali habita. Ou seja: buscaconstruir políticas, propondo, negociando, reivindicando e almeja queas pessoas possam acessar as políticas construídas. Assim é que oPrograma de Formação e Mobilização Social para a Convivência com oSemiÁrido: Programa Um Milhão de Cister<strong>na</strong>s Rurais (P1MC) tem comoobjetivo geral contribuir, através de um processo educativo, para atransformação social, visando a preservação, o <strong>acesso</strong>, o gerenciamentoe a valorização da água como um direito essencial da vida e dacidadania, ampliando a compreensão e a prática da convivênciasustentável e solidária com o ecossistema do Semiárido. Através doP1MC estamos conseguindo alcançar agricultores e agricultorasfamiliares que residem isolados e disputam diariamente um pouco deágua poluída com os animais da região.Estamos construindo um sertão digno com a participação dasComissões Executivas Municipais compostas por Igrejas Católicas eEvangélicas, STR´s, APAEB´s, Associações Comunitárias, MMTR, entreoutras organizações. Garantir que os agricultores e agricultoras rurais
16Pági<strong>na</strong>tenham <strong>acesso</strong> a água de qualidade para o consumo humano não estáligado somente ao fato de captar água da chuva que cai dos telhadosdas casas em cister<strong>na</strong>s, mas em mobilizar, formar e informar as famíliasquanto a organização, o fortalecimento das bases em defesa dos seusdireitos, a partir do momento que o programa é apresentado, acomunidade passa também a fazer parte integrante da gestão coletivado conhecimento e da implementação do programa. A comunidadepercebe que o trabalho realizado é diferenciado porque em nenhummomento há tentativas de cabrestos, coronelismo. As iniciativas estãorespaldadas <strong>na</strong> <strong>construção</strong> da autonomia, da independência política, daconquista do direito, dialogando para despertar a emancipação políticae cidadã.Neste sentido, em 2009, atuamos em um total de 17 municípios dosTerritórios do Sisal, Bacia do Jacuípe, Portal do Sertão, Piemonte Nortedo Itapicuru e Piemonte da Diamanti<strong>na</strong>. Construímos 2.166 cister<strong>na</strong>s deplacas com capacidade de armaze<strong>na</strong>r 16.000 litros de água para oconsumo humano, suficiente para abastecer uma família de cincopessoas durante o período médio de oito meses de estiagem nosseguintes municípios: Água Fria, Andorinha, Antônio Gonçalves,Cansanção, Feira de Santa<strong>na</strong>, Itiúba, São Domingos, Serra Preta,Mirangaba, Nordesti<strong>na</strong>, Teofilândia, Tucano, Queimadas, Quijingue,Ponto Novo, Mirangaba, Ourolândia.Atingiu-se, assim, cerca de 10.830 pessoas. Vale a pe<strong>na</strong> destacar que,destas, 34 cister<strong>na</strong>s foram construídas no assentamento rural MeninoJesus no município de Água Fria. Durante o período médio de oito anos,o MOC, vem colaborando para que aproximadamente 55.000 pessoasacessem a política pública da água.As famílias selecio<strong>na</strong>das de acordo com os critérios do programa e emsua maioria já contempladas pelo Bolsa Família são capacitadas noscursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Somente neste anorealizamos 57 capacitações utilizando uma metodologia que valoriza oconhecimento da comunidade e a partir daí constrói novos saberes <strong>na</strong>linha de fortalecimento comunitário, convivência com o semiárido,segurança alimentar, tratamento da água, doenças de veiculação hídrica,
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