23Pági<strong>na</strong>brasileira. Pelo novo censo, foi possível revelar oficialmente que aagricultura familiar no Brasil responde por 84,4% de todos osestabelecimentos agropecuários e que mesmo com uma área média de18,37 hectares e deter 24,3% da área total, garante à mesa dosbrasileiros 88% da mandioca, 68% do feijão e 56% do leite. No recorte daBahia, o censo agropecuário identificou que o número deestabelecimentos familiares continua sendo o mais expressivo entre osestados brasileiros alcançando 665.831 propriedades, correspondente a15,2% do total <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Revelou ainda que a eficiência deste segmentoé maior que a agricultura patro<strong>na</strong>l quando aponta <strong>na</strong> Bahia um ValorBruto da Produção (VBP) médio de R$ 375,00 por hectare/ano contra R$244,00 da agricultura patro<strong>na</strong>l. O abastecimento de feijão <strong>na</strong> Bahia pelaagricultura familiar chega a 87%, média bem superior a mesma medida<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. O novo censo re-significa a importância da agricultura familiarno Estado quando divulgou que a média de empregos por hectare chegaa 18,9 pessoas em cada 100 hectares contra 2,3 pessoas por cada 100hectares da agricultura patro<strong>na</strong>l.A grande questão que pousa sobre os ombros das organizações dasociedade civil brasileiras para apoiar a agricultura familiar, como é ocaso do MOC, está atualmente mais <strong>na</strong> acessibilidade e noaproveitamento adequado dos programas de crédito, assistênciatécnica, agro-indústrialização, comercialização e infra-estrutura, doque, em si, <strong>na</strong> oferta e disponibilização no “atacado” de recursos paraestes programas. O “modos operante” acaba, por conseguinte, emestratégias e arranjos locais que, se bem entendidos, a<strong>na</strong>lisados econstituídos, são partes da <strong>construção</strong> destas políticas públicas e asviabilizam; do contrário, estratégias e arranjos locais mal definidos emal conduzidos acabam sem acontecer em muitos locais e, porconseguinte, mantêm-se a barreira no <strong>acesso</strong>.Exemplificando a questão: o esforço do governo em alocar crédito ruraldo PRONAF nos agentes fi<strong>na</strong>nceiros com taxas de juros subsidiadas eprazos elásticos, termi<strong>na</strong> por não ter efetividade em alguns municípiosbrasileiros onde não se constitui um bom arranjo de compromissosentre os técnicos e instituições que elaboram os projetos técnicos e
24Pági<strong>na</strong>encaminham os agricultores para contratação, os órgãos de governoque fazem a emissão dos documentos necessários aos empréstimoscomo a Declaração de Aptidão (DAP) e os próprios agentes fi<strong>na</strong>nceiroslocais, no sentido de desburocratizar a tramitação. Igualmente, saindoda exemplificação do crédito, o esforço do governo em disponibilizarrecursos para as compras gover<strong>na</strong>mentais do Programa de Aquisição deAlimentos (PAA) tende a ter pouca efetividade se localmente não houverassessoramento às organizações locais para apresentação das propostase uma certa “engenharia” <strong>na</strong> logística de aquisição, beneficiamento eentrega da produção.O entendimento do MOC que delineou, em grande parte, a sua atuaçãoem 2009, foi o de se constituir estes “caminhos” locais como parteintegrante da real execução das políticas públicas para a agriculturafamiliar no semiárido. Garantir o <strong>acesso</strong>, <strong>na</strong> visão no MOC, foi, e é tãoimportante, quanto construir a política. Assim, as intenções ganhampraticidade; as formulações ampliadas ganham contornos específicos ese aprimoram para caber <strong>na</strong>s realidades locais. Nesta direção, <strong>na</strong> durasituação do semiárido onde nem sempre existem pré-disposição,vontade e compromissos institucio<strong>na</strong>is para a causa dos mais pobres, oMOC optou - como está bem marcado <strong>na</strong> sua missão - por fortalecer ocooperativismo enquanto agente fi<strong>na</strong>nceiro e viabilizador do créditopara os agricultores e as organizações locais em rede para possibilitar aagregação de valor e a comercialização dos produtos desti<strong>na</strong>dos aomercado. Evidentemente, procurando alinhar este di<strong>na</strong>mismo de <strong>acesso</strong>ao crédito e a comercialização com os princípios da agriculturasustentável em bases agroecológicas.No primeiro caso, o do crédito, apoiou as ações das cooperativas e daASCOOB (Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar)enquanto agremiação regio<strong>na</strong>l que, juntando-se ao também assistidoCOGEFUR (Conselho Gestor do Fundo Rotativo) aplicaram R$ 21,2milhões em crédito rural em 2009 <strong>na</strong> região para 6.534 famílias,alcançando também jovens e mulheres. No segundo caso, o dacomercialização, os 17 empreendimentos (cooperativas de produção eassociações comunitárias) que venderam produtos para o PAA em 2009,
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