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Revista Business Portugal Agosto

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Sabe-se que a biotecnologia está na linha da frente da<br />

investigação nos países mais desenvolvidos. Como é<br />

que esta área tão abrangente se tem desenvolvido ao<br />

longo dos anos?<br />

O desenvolvimento tem sido muito rápido em todos os<br />

sectores da tecnologia mas o ritmo da biotecnologia tem<br />

sido alucinante. A Amgen por exemplo, produz anticorpos<br />

inteiramente humanos, pequenas moléculas, pepticorpos,<br />

anticorpos bi-específicos que reconhece as células malignas<br />

destruindo-as. Manipulamos a genética de vírus para<br />

reconhecerem células do melanoma a as eliminarem ao<br />

mesmo tempo que ativam o sistema imunológico. Numa<br />

visão mais abrangente, a Amgen tem acompanhado os<br />

mais recentes avanços científicos. A estratégia tem sido<br />

a de desenvolvermos e produzirmos os nossos próprios<br />

fármacos, mas também a de adquirirmos outras companhias<br />

com projectos promissores, como foi o caso da aquisição<br />

da ONIX, que nos levou ao lançamento de um inibidor do<br />

proteassoma de segunda geração, o Carfilzomib, para o<br />

tratamento de doentes com Mieloma Múltiplo (doença rara),<br />

o qual esperamos que esteja disponível para os doentes<br />

portugueses ainda este ano.<br />

A Amgen tem um compromisso ético que é crucial para<br />

a relação que se estabelece entre os profissionais de<br />

saúde e os doentes. Quais são as áreas de tratamento<br />

mais recentes e que pensam que poderá vir a mudar a<br />

vida das pessoas?<br />

As áreas de tratamento são as da Nefrologia, Cardiologia,<br />

Oncologia, Hemato-oncologia e a Osteoporose. As moléculas<br />

que desenvolvemos, já fizeram a diferença na vida de<br />

milhões de doentes, e continuamos a querer fazer mais e<br />

melhor. Concretamente neste últimos 2 anos, com potencial<br />

clínico para alterar a vida dos doentes, podemos dizer que é<br />

na área da hemato-oncologia e da cardiologia que trazemos<br />

a inovação mais radical ou substancial. Temos investido<br />

em Ensaios Clínicos trazendo aos doentes portugueses a<br />

possibilidade de serem tratados precocemente com fármacos<br />

inovadores. Temos muito orgulho em ter centenas de<br />

doentes em <strong>Portugal</strong> a participar nos nossos ensaios clínicos<br />

internacionais nas áreas da Cardiologia, Oncologia, Hematooncologia,<br />

Nefrologia, Inflamação e Neurociências.<br />

Uma das áreas que acaba por estar fortemente<br />

conectada à biotecnologia é a farmacologia. Quais os<br />

benefícios que se podem retirar da junção destes dois<br />

campos?<br />

O objetivo é o de conseguir melhores resultados clínicos para<br />

os doentes, prolongar a sua vida, aumentar o tempo livre<br />

de progressão de doença e melhorar a qualidade de vida<br />

com fármacos com mecanismos de ação inovadores que os<br />

tornem mais eficazes e cada vez mais seguros.<br />

O medicamento certo à hora certa pode fazer toda<br />

a diferença, mas que outros avanços para a saúde<br />

humana se podem alcançar quando a biotecnologia é<br />

aplicada à medicina?<br />

Tratar o doente certo, no tempo certo com o medicamento<br />

mais efetivo e seguro para a sua patologia é a ambição de<br />

qualquer profissional de saúde e está na base de todo o<br />

investimento realizado em Investigação e Desenvolvimento<br />

da Industria Farmacêutica. Isso não é diferente para os<br />

medicamentos de biotecnologia ou químicos e o risco<br />

associado ao fracasso dos passos de investigação é<br />

elevado em ambas as situações. A mais valia relaciona-se<br />

muitas vezes com a maior especificidade potencial dos<br />

amgen | mais saúde, mais inovação<br />

medicamentos de biotecnologia e/ou do seu potencial para<br />

fazerem com que seja o próprio organismo do doente a reagir<br />

contra a doença, como é o caso da imuno-oncologia.<br />

Durante o século XX a física era considerada a mais<br />

poderosa das ciências, no final desse século atribuíram<br />

esse caráter à biologia. Sente que o caminho que<br />

outrora separava a ficção da realidade científica é cada<br />

vez mais ténue? Quais as perspetivas que a Amgen<br />

reserva para o futuro?<br />

Na Amgen, costumamos dizer que a inovação está no<br />

nosso coração em tudo o que fazemos. Temos um pipeline<br />

muito interessante em termos de inovação e não menos<br />

promissora uma bateria de biossimilares. Estamos cientes<br />

da necessidade de contribuir para a sustentabilidade dos<br />

sistemas de saúde e para a nossa própria sustentabilidade<br />

em termos de manter a produção de moléculas inovadoras.<br />

A Amgen ao longo destes anos tem criado parcerias muito<br />

fortes com os profissionais de saúde, com as Sociedades<br />

Científicas e seus grupos de trabalho. Temos contribuído para<br />

a formação de médicos, farmacêuticos e enfermeiros através<br />

de programas educativos com acreditação pelas sociedades<br />

e ordens profissionais. Apoiamos a participação dos nossos<br />

investigadores nacionais em Ensaios Clínicos Internacionais<br />

Multicêntricos, mas também apoiamo-los em investigação<br />

científica com projetos da sua iniciativa. Neste ultimo caso,<br />

atribuímos em Junho de 2017 uma Bolsa de Investigação<br />

em Mieloma Múltiplo no valor de 15.000 Euros a um grupo<br />

de investigação do norte de <strong>Portugal</strong>, em parceira com a<br />

Sociedade Portuguesa de Hematologia e a APCL. Temos<br />

principalmente algo na nossa mente e no nosso coração que<br />

é a nossa Missão de Servir os Doentes.<br />

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 15

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