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Revista Business Portugal Agosto

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mais saúde, mais inovação | sanofi<br />

e de educação em diabetes. Lançámos recentemente no mercado uma App<br />

que é um jogo divertido e inovador com mensagens educativas adaptadas<br />

a crianças (MISSION T1D) em colaboração com a Sociedade Portuguesa<br />

de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica (SPEDM). Trabalhamos com<br />

a SPEDM num programa de desenvolvimento de competências ‘Para<br />

além da Universidade’ destinado a jovens especialistas de endocrinologia.<br />

Desenvolvemos também com a Sociedade Portuguesa de Diabetologia<br />

(SPD) um programa de formação centrado no uso da insulina para médicos<br />

e enfermeiros dos cuidados primários. Em <strong>Portugal</strong>, o racio de utilização<br />

de insulina é muito baixo quando comparado com a média europeia e<br />

temos apostado em desmistificar, educar e melhor utilizar as insulinas, de<br />

forma a permitir que as pessoas com diabetes obtenham níveis de controlo<br />

glicémico e possam diminuir o risco de complicações a médio ou longo prazo.<br />

Globalmente destacamos a parceria com a Google (OnDuo) para a procura de<br />

novas soluções em diabetes.<br />

em dia, muitas multinacionais a operar em <strong>Portugal</strong> deslocaram os seus órgãos de decisão e concentraram a<br />

compra de serviços em empresas sedeadas noutros países, tendo diminuído de forma sensível o headcount<br />

em <strong>Portugal</strong>, através de reorganizações e reestruturações para garantir a sustentabilidade futura. Nunca é<br />

demais lembrar que em <strong>Portugal</strong> temos preços ao nível dos mais baixos na Europa e que existe um sistema<br />

de preços de referência que assegura uma contínua e anual revisão desses preços.<br />

No que diz respeito à diabetes, o mercado dos genéricos é viável para o utente e sustentável para a<br />

Sanofi?<br />

A Sanofi é em <strong>Portugal</strong> um dos principais players, sendo a companhia líder no mercado ambulatório e tendo<br />

uma posição de grande destaque no mercado hospitalar. No que diz respeito aos genéricos a Sanofi está<br />

presente em <strong>Portugal</strong> com a Zentiva, a nossa unidade de negócios de genéricos que é um dos principais<br />

players neste segmento. A Zentiva tem vindo a crescer no mercado dos genéricos com uma forte aposta na<br />

expansão e diversificação do seu portefólio incluindo moléculas na área da diabetes. Adicionalmente a Sanofi<br />

tem vindo a seguir uma estratégia de criar sinergias internamente entre as suas cinco unidades de negócio,<br />

de modo, a proporcionar um valor agregado aos profissionais de saúde e à sociedade.<br />

Viveram-se anos de forte tensão entre o Governo e as empresas<br />

farmacêuticas, com cortes fortíssimos na despesa pública com<br />

medicamentos. Na sua opinião, de que forma o setor foi abalado? Quais<br />

as principais consequências para os utentes?<br />

A indústria farmacêutica tem sofrido, sob diferentes perspetivas, o impacto<br />

das medidas implementadas para controlar a despesa com medicamentos.<br />

Estas medidas e as suas consequências têm levado a algumas decisões de<br />

desinvestimento. Temos assistido a uma diminuição da autonomia de gestão<br />

em <strong>Portugal</strong>, traduzida no agrupamento de companhias em ‘clusters’ de<br />

países, com um impacto directo e imediato na diminuição do emprego e na<br />

diminuição do investimento e da contratação de serviços em <strong>Portugal</strong>. Hoje<br />

Qual é, no seu ponto de vista, o maior problema da indústria farmacêutica em <strong>Portugal</strong>?<br />

Eu diria que a indústria farmacêutica necessita de transparência e previsibilidade. É frustrante sentir que<br />

não temos tido a capacidade de lançar em <strong>Portugal</strong> a inovação, nomeadamente na área da diabetes. A<br />

indústria tem feito um enorme esforço de cooperação com as autoridades da saúde e com o governo para<br />

contribuir para um Sistema Nacional de Saúde sustentável, mas tem simultaneamente sofrido com decisões<br />

imediatistas, não previsíveis e de grande impacto para a garantia de sustentabilidade das companhias em<br />

<strong>Portugal</strong>. Estou confiante que conseguiremos encontrar mecanismos que garantam um equilíbrio entre a<br />

pressão dos orçamentos e o desenvolvimento científico e tecnológico. A indústria farmacêutica é um parceiro<br />

que deve ser visto como um contribuidor chave para a economia e para o desenvolvimento e bem-estar da<br />

sociedade.<br />

18 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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