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Revista Business Portugal Agosto

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enagro |santarém<br />

“O Ribatejo é a melhor região do país<br />

para fazer agricultura”<br />

A viver um período próspero e de grande crescimento, a agricultura atinge nos dias de hoje uma relevância preponderante na economia nacional. Em<br />

Benavente, a Cooperativa Agrícola de Benavente – a Benagro - é a entidade responsável por dinamizar uma das regiões agrícolas mais importantes<br />

do país. O diretor Joaquim Cabeças falou à revista <strong>Business</strong> <strong>Portugal</strong>, o papel que a cooperativa tem desenvolvido na região.<br />

Joaquim Cabeças Diretor<br />

A instituição nasceu no ano de 1980, aquando a extinção dos<br />

antigos grémios lavoura. A necessidade de uma cooperativa<br />

ganhou força e criou-se assim a Benagro. O papel desta<br />

cooperativa é simples: “servir todos os agricultores da região<br />

e de todo o país”, prestando serviços e apoios na área<br />

agrícola. Nesse sentido, o enfoque é feito, naturalmente,<br />

nas duas grandes culturas da região ribatejana – o arroz<br />

e o tomate. Joaquim Cabeça é o atual diretor e um dos<br />

responsáveis por impulsionar a agricultura da região. “Estou<br />

aqui há 12 anos. Quando comecei a trabalhar aqui, era<br />

uma cooperativa completamente desorganizada com muitos<br />

problemas” explicou o diretor. Criou-se então uma politica de<br />

organização de agricultores e um trabalho de “rigor”. Com<br />

essa base criada, a agricultura ribatejana começou então a<br />

ter um novo valor: “atualmente temos o nosso património e já<br />

faturamos cerca de 16 milhões de euros”.<br />

A Cooperativa dispõe aos seus associados um leque<br />

amplo de serviços reforçado pelos 4 técnicos que fazem o<br />

trabalho de campo. O aconselhamento agrícola é constante<br />

oferecendo um acompanhamento técnico na produção<br />

reforçado por uma unidade de inspeção de equipamentos<br />

agrícola. Para além disso, “um agricultor que queira iniciar<br />

a sua atividade, tem o nosso apoio para realizar o projeto e<br />

candidaturas a apoios. Fazemos recomendações, análises<br />

de solo e contratos com as industrias”, explicou Joaquim<br />

Cabeça. No campo da inovação e de manter todos os<br />

colaboradores atualizados das mudanças pelas quais a<br />

agricultura atravessa de ano para ano, a Benagro realiza<br />

mais de 500 formações durante o ano. Na promoção, estão<br />

presentes em feiras e realizam eventos, como foi o caso<br />

do ‘Primeiro Festival do Arroz Carolino’. A área cientifica<br />

é também um reforço e um alicerce de referência para o<br />

desenvolvimento da cultura do arroz: “Temos a casa do<br />

arroz que trabalha também na investigação da variação<br />

de sementes. Tínhamos o problema de não ter variedade<br />

nossas e que não eram adaptadas ao nosso clima. Com<br />

a investigação conseguimos já duas variedades de arroz<br />

portuguesa - o arroz carolino serez e o arroz agulha<br />

maçarico” referiu o diretor.<br />

Projetando o futuro, a Cooperativa tem um projeto pronto<br />

a iniciar para construir uma unidade de secagem e<br />

armazenagem de arroz, com capacidade para 16 milhões de<br />

quilos. Um investimento de grande relevância para o futuro<br />

da cooperativa, no âmbito de valorizar os seus associados, a<br />

região e o arroz que se produz no ribatejo.<br />

Orizicultura Ribatejana<br />

<strong>Portugal</strong> é atualmente um dos grandes consumidores de<br />

arroz. É no ribatejo que está situada a grande quota de<br />

produção de um produto tão frequentemente servido nas<br />

refeições portuguesas. O arroz português por excelência<br />

é o carolino. Ainda por cima, absorve melhor os sabores<br />

dos temperos e tem sido procurado pelos grandes chefs<br />

internacionais. Joaquim Cabeça reforçou a ideia de que é<br />

necessário haver uma maior organização para valorizar este<br />

produto tão tipicamente português.<br />

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 89

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