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EMPRESA<br />
Auto Travões Viseu<br />
Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Da esq.ª para a dta.:<br />
Adriano Boloto;<br />
Matilde Fox Boloto;<br />
Ramiro Rodrigues<br />
Boloto; Manuel<br />
Barbosa; Alda Boloto<br />
Barbosa<br />
Segurança está primeiro<br />
› Especialista no recondicionamento de travões e embraiagens, atividade que acumula com algum<br />
fabrico que ainda faz de materiais de fricção, a Auto Travões Viseu (ATV) nasceu em maio de 1985<br />
pelas mãos de Ramiro Rodrigues Boloto<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Com uma equipa constituída por<br />
nove pessoas, a Auto Travões Viseu<br />
atingiu, em maio último, 33 anos de<br />
atividade. “Começámos com recondicionamento<br />
de travões e embraiagens. Para<br />
veículos comerciais, industriais e agrícolas.<br />
Com a mudança para estas instalações, em<br />
1995, iniciámos a produção de materiais<br />
de fricção. Primeiro, para camiões”, recorda<br />
Alda Boloto Barbosa. “O meu pai começou<br />
por comprar produto semi-acabado em<br />
Espanha e maquinava os calços. Passados<br />
cerca de oito anos, aderiu à produção<br />
desde o início até ao final”, acrescenta. O<br />
início de produção da ATV remonta a<br />
uma época em que não existiam grandes<br />
preocupações ambientais. “Utilizava-se<br />
amianto. Quando foi adotada a lei que o<br />
proibia, houve uma ‘guerra’ entre produtores.<br />
Em Portugal, fecharam três fábricas.<br />
Fomos os únicos que nos mantivemos<br />
porque conseguimos passar a fórmula<br />
para não incluir amianto”, explica.<br />
derar, tal como várias empresas que existiam<br />
em Espanha e na Alemanha, passar a<br />
sua produção para uma região geograficamente<br />
distante, com outras permissões<br />
ambientais. “Nessa altura, o negócio começava<br />
a tornar-se insustentável. E, <strong>das</strong><br />
duas, uma: ou dávamos um passo muito<br />
grande que era um risco (arranjávamos<br />
parceiros e o negócio deixava de estar no<br />
controlo da família) ou deixávamos de<br />
produzir e procurávamos parceiros fora<br />
de Portugal, que nos permitissem manter<br />
a empresa no seio da família. Escolhemos<br />
a segunda opção”, revela a responsável.<br />
Com todo o conhecimento que a ATV já<br />
tinha na produção de material de fricção<br />
(calços, cintas, pastilhas), não foi difícil<br />
encontrar um parceiro fora da Europa.<br />
“Conseguimos passar-lhe os padrões de<br />
qualidade que temos, o nosso método de<br />
produção e a fórmula que queremos ver<br />
aplicada. Ainda fazemos alguma produção<br />
nas nossas instalações, mas a tendência é<br />
para acabar”, refere Alda Boloto Barbosa.<br />
Além do recondicionamento de travões<br />
e embraiagens, a ATV ainda produz ma-<br />
terial de fricção para veículos pesados e<br />
aplicações agrícolas e industriais. No caso<br />
dos veículos ligeiros, produz apenas cintas<br />
e pastilhas para automóveis clássicos e<br />
norte-americanos.<br />
n CRESCER NA COMPETIÇÃO<br />
Revelando que continua com os serviços<br />
de recondicionamento de material de fricção<br />
por questões ambientais também nos<br />
veículos ligeiros, a ATV “pega” nas peças<br />
de origem e torna-as novas. No caso concreto<br />
dos pesados, o recondicionamento<br />
dos travões é sempre feito na peça do<br />
camião, exceção feita se ela se encontrar<br />
danificada, altura em que a ATV produz<br />
a peça (como faz para os camiões norte-<br />
-americanos) ou recorre ao aftermarket<br />
para adquirir uma nova.<br />
De extrema importância é, também, a<br />
máquina de teste, que permite controlar,<br />
não só, a qualidade do que é produzido,<br />
como alterar fórmulas em função <strong>das</strong> diferentes<br />
matérias-primas ou exigências<br />
de produto. “As principais dificuldades<br />
que sentimos no exercício da nossa<br />
n DESLOCALIZAR A PRODUÇÃO<br />
No ano de 2014, a ATV começou a ponatividade?<br />
A concorrência <strong>das</strong> casas de<br />
peças. O nosso negócio não é fácil. O<br />
fator preço ainda é o que prevalece neste<br />
setor. E devia ter-se mais cuidado. Afinal<br />
de contas, estamos a falar de componentes<br />
essenciais em matéria de segurança.<br />
O maior desafio é mesmo mudar<br />
a mentalidade que está relacionada com<br />
a revisão dos autocarros e camiões. As<br />
pessoas têm de dar a devida importância<br />
aos travões e não optar apenas pelo<br />
mais barato”, alerta Alda Boloto Barbosa.<br />
Que, a concluir, destaca o trabalho que a<br />
ATV tem vindo a desenvolver na área da<br />
competição: “Temos efetuado reforços de<br />
embraiagens e fornecido pastilhas para<br />
carros de competição. Gostávamos de<br />
aumentar a nossa presença neste nicho<br />
de mercado. Fazer crescer neste negócio.<br />
Inclusivamente, nos camiões, onde<br />
já fornecemos componentes em kevlar<br />
para fora de Portugal. A ideia é fazer evoluir<br />
a área da competição, sem perder<br />
as valências que temos atualmente. Até<br />
porque dispomos de material sinterizado<br />
(bronze) e kevlar”. ✱<br />
Auto Travões Viseu – Recondicionamento de Travões e Embraiagens, Lda.<br />
Diretora-geral Alda Boloto Barbosa | Diretor de produção Adriano Boloto | Sede Parque Industrial de Coimbrões, Lote 22,<br />
São João de Lourosa, 3500 – 618 Viseu | Telefone 232 470 230 | Fax 232 470 237 | Email comercial.autotravoesviseu@gmail.com<br />
Setembro I 2018<br />
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