Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
84<br />
EMPRESA<br />
Sertorep<br />
Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Negócio com detalhe<br />
› Fundada, em janeiro de 2003, por Sérgio Cunha e António Sousa, ambos com vasta experiência na<br />
área da colisão (chapa e pintura), a Sertorep é a referência da R-M no Porto. O sucesso do seu negócio<br />
deve-se precisamente ao elevado nível de detalhe alcançado nos trabalhos que executa<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Nenhum veículo sai <strong>das</strong> instalações sem<br />
ser inspecionado por Sérgio Cunha (sexto a<br />
contar da esq.ª) ou António Sousa (sétimo)<br />
A<br />
qualidade de um pintor depende<br />
da quantidade de passado que ele<br />
traz consigo. Esta frase inspiradora<br />
de Pablo Ruiz Picasso aplica-se, na perfeição,<br />
à Sertorep, designação que resulta<br />
da conjugação <strong>das</strong> primeiras letras dos<br />
nomes dos sócios-gerentes (Sérgio e Tozé,<br />
este último como é conhecido António<br />
Sousa) com o início da palavra reparações.<br />
Tanto mais, que, antes de abrirem o negócio,<br />
em janeiro de 2003, os dois profissionais<br />
trabalharam juntos num<br />
concessionário de uma marca alemã premium,<br />
situado no Porto. “Abrimos uma<br />
oficina pequena, localizada na Corujeira<br />
(Porto), quando saímos da marca onde<br />
estávamos. Éramos procurados, essencialmente,<br />
por comerciantes de automóveis,<br />
que nos entregavam os veículos para fazermos<br />
pinturas a baixo custo”, começa<br />
por recordar António Sousa. Que acrescenta<br />
de seguida: “Depois, fomos evoluindo.<br />
E começaram a aparecer mais<br />
clientes particulares. Atravessámos uma<br />
fase em que trabalhávamos com stands<br />
e com particulares. Isto em 2010, já numas<br />
instalações maiores, localiza<strong>das</strong> em Rio<br />
Tinto, que tinham 780 m 2 ”.<br />
n PRESTÍGIO CONQUISTADO<br />
Em 2013, a Sertorep recebeu uma proposta<br />
para trabalhar com as marcas Jaguar,<br />
Aston Martin e Lotus na zona do Porto. “A<br />
partir desse momento, começou a aparecer-nos<br />
um tipo de cliente diferente e um<br />
segmento de veículos, também ele, distinto.<br />
O que nos deu, de facto, outro prestígio.<br />
Só possível porque apostámos<br />
sempre na qualidade”, esclarece António<br />
Sousa ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Em dezembro de 2017, mais concretamente<br />
no dia 11, a Sertorep abriu as portas<br />
da oficina onde, hoje, se encontra,<br />
naquele que é o terceiro espaço na história<br />
da empresa, cuja área ascende a 1.200<br />
m 2 . “Fazemos serviços de chapa e pintura.<br />
Não só em automóveis de prestígio, mas<br />
em todos os outros. Sempre com o máximo<br />
de perfeição e de atenção ao detalhe”,<br />
sublinha o responsável. “Aceitamos todos<br />
os tipos de veículos e não apenas topos<br />
de gama e automóveis clássicos. É evidente<br />
que nos dá outra projeção trabalhar nas<br />
viaturas topo de gama, mas efetuamos<br />
reparações em todos os automóveis ligeiros.<br />
É preciso respeitar toda a gente e as<br />
pessoas que apostaram em nós há 15 anos.<br />
Se recuarmos até ao início da atividade<br />
da Sertorep, constatamos que não perdemos<br />
muitos clientes. Ainda dispomos de<br />
vários clientes dos primeiros anos”, orgulha-se<br />
o sócio-gerente.<br />
Colisão (chapa e pintura) é, basicamente,<br />
o que faz a Sertorep no exercício da sua<br />
atividade. Quando é necessária uma intervenção<br />
mecânica, o serviço é encaminhado<br />
para uma oficina da especialidade,<br />
que direciona, depois, o serviço de pintura<br />
para a empresa da dupla Sérgio Cunha e<br />
António Sousa. Tudo numa lógica de parceria,<br />
entenda-se. “Porque não optei ainda<br />
por fazer mecânica? Porque acredito que<br />
o sucesso da nossa empresa passa pelo<br />
facto de estarmos a trabalhar perto dos<br />
nossos colaboradores e de eles sentirem<br />
a exigência do trabalho que queremos<br />
que seja feito na chapa e pintura. Na mecânica,<br />
não teríamos esse controlo”, diz.<br />
n PROFISSIONAIS DE TOPO<br />
Com uma equipa composta por 11 pessoas,<br />
a oficina de Sérgio Cunha e António<br />
Sousa sempre teve forte ligação à R-M,<br />
uma <strong>das</strong> marcas premium do Grupo BASF.<br />
“O nosso cliente quer, acima de tudo, qualidade.<br />
Mas também dá muita importância<br />
ao preço”, refere António Sousa. Que<br />
se revela muito pragmático no momento<br />
de analisar a realidade do setor: “A repintura<br />
é o pior negócio do ramo automóvel.<br />
Eu e o meu sócio levamos o barco para a<br />
frente porque somos deste ramo. Ficamos<br />
até que horas for preciso para deixar os<br />
veículos prontos quando os nossos colaboradores<br />
saem”. E deixa um alerta: “Dentro<br />
de poucos anos, a situação no setor<br />
da repintura pode complicar-se. Talvez não<br />
se consigam arranjar pessoas para trabalhar.<br />
Muito menos com a dedicação <strong>das</strong><br />
que temos na Sertorep”. Porquê? “A maior<br />
dificuldade que sentimos nesta área é a<br />
falta de pessoal qualificado. As pessoas<br />
não estão foca<strong>das</strong> para exercer a sua atividade<br />
neste tipo de trabalho”, conclui o<br />
responsável da empresa. ✱<br />
Sertorep – Comércio e Reparações de Automóveis, Lda.<br />
Sócios-gerentes Sérgio Cunha e António Sousa | Sede Rua António da Silva Marinho, n.° 228, 4100 – 063 Porto<br />
Telefone 225 373 921 | Email sertorep@sapo.pt<br />
Setembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com