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percussão descontrolada de seu coração. Mas quando a perna de Cam invadiu<br />
delicadamente as dobras de seu vestido e encostou-se na dela, percebeu que estava batendo<br />
o pé mais uma vez. Com esforço, ela ficou quieta.<br />
Passando o braço pela cintura dela, Cam levantou sua mão esquerda e a levou até a boca.<br />
Seus lábios esbarraram na marca avermelhada do nó dos dedos, feita por seus esforços para<br />
se livrar do anel.<br />
– Ficou preso – resmungou ela. – É pequeno demais.<br />
– Não é pequeno demais. Relaxe a mão e ele sairá.<br />
– Minha mão está relaxada.<br />
– Gadjensa – disse ele. – Vocês são rígidas como madeira. Deve ser o espartilho.<br />
Ele abaixou a cabeça e sua boca encontrou a dela. Explorou lentamente, incitando-a a<br />
abrir-se para ele, procurando a ponta tímida da língua. Amelia se agitou em desespero<br />
quando percebeu que ele abria a parte de trás do vestido. O corpete se soltou na frente,<br />
afastando-se de seus seios bem contidos.<br />
– Cam... não...<br />
– Psiu... – Seu hálito quente e excitante cobriu-lhe a boca. – Estou ajudando a tirar o anel.<br />
É o que quer, não é?<br />
– Tirar o anel não tem nenhuma relação com soltar as tiras do meu espartilho... Isso não...<br />
– A teia de barbatanas se abrira, deixando à mostra um exuberante naco de carne. – Não<br />
está ajudando. – Ela tentou levantar suas roupas, desajeitada como se estivesse debaixo<br />
d’água.<br />
– Está me ajudando muito.<br />
A mão de Cam escorregou até a parte de trás de suas calças. Ela se contorceu, sentido-se<br />
violada, as roupas despencando no chão ainda mais depressa.<br />
– Preciso vê-la à luz do dia. – Sua boca perseguia com leveza e apetite seu pescoço e seu<br />
ombro. – Monisha, você é a mais bela das mulheres, a mais...<br />
Suas mãos moviam-se com impaciência crescente, puxando com força as roupas até que<br />
algumas costuras cederam.<br />
– Não faça isso, esse vestido não é meu – disse Amelia com ansiedade, lutando para abrir a<br />
roupa emprestada, para evitar que ela se rasgasse.<br />
Ficou paralisada ao ouvir passos no corredor, passando pela porta fechada sem parar. Devia<br />
ser um criado. E se alguém a tivesse visto entrando no quarto de Cam? E se alguém estivesse<br />
procurando por ela naquele exato momento?<br />
– Cam, por favor, agora não.<br />
– Serei delicado. – Ele ergueu-a do círculo de roupas descartadas. – Sei que sua primeira<br />
vez foi bem recente.<br />
Ela balançou a cabeça enquanto ele a deitava na cama. Segurando com as duas mãos a<br />
camisa que usava por baixo do vestido, para mantê-la no lugar, sussurrou:<br />
– Não, não é isso. Alguém vai descobrir. Alguém vai ouvir. Alguém vai...