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Desejo a meia-noite - Lisa Kleypas

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suave e fugidia tortura.<br />

Ele pousou a mão sobre sua barriga, fazendo círculos reconfortantes.<br />

– Fique calma, querida.<br />

– N-não consigo. Depressa, por favor.<br />

Cam sorriu baixinho, seus lábios abertos arrastando-se sobre a carne sensível. Desenhou<br />

seus contornos com a língua, deixou-a molhada e soprou em seus pelos umedecidos.<br />

– É melhor para você que eu não me apresse.<br />

– Não, não é.<br />

– Entende muito do assunto, claro. É só a sua segunda vez.<br />

Ela soltou um soluço quando Cam voltou a usar a língua.<br />

– Não consigo suportar mais.<br />

Ele a lambeu, com uma doçura diabólica, perverso e profundo, até que sua respiração eram<br />

gemidos e seu hálito quente estremecia contra ela. Foi para cima, o corpo se ajustando entre<br />

as coxas rígidas, e a penetrou com uma investida forte. Ela soltou um gemido diante da<br />

surpresa de encontrá-lo dentro de seu corpo, indo mais fundo até que ela gemeu e cravou as<br />

unhas em seus ombros.<br />

Cam parou, fitando-a com as pupilas dilatadas, as bordas douradas de seus olhos brilhavam<br />

em torno de círculos de escuridão impenetrável.<br />

– Amelia, meu amor... – Seu beijo tinha gosto de sal e de intimidade. – Pode aceitar um<br />

pouco mais de mim?<br />

Ela lutou para pensar em meio àquela confusão de prazer e balançou a cabeça, desajeitada.<br />

Os cantos da boca de Cam se abriram em um sorriso.<br />

– Acho que pode.<br />

Suas mãos brincaram sobre seu corpo, dedos solícitos deslizando para o lugar onde estavam<br />

unidos. Ele fez força dentro dela, um movimento ritmado, e seus dedos eram<br />

surpreendentemente suaves, quase delicados, acariciando-a no ritmo das investidas.<br />

Ofegante, ela arqueou o corpo para recebê-lo cada vez mais fundo.<br />

Todas as vezes que ele entrava, seu corpo roçava no dela de uma forma absolutamente<br />

perfeita. Ela começou a se erguer, ansiosa, antecipando cada invasão, ofegante, esperando<br />

por ela, uma sensação se sobrepunha a outra e culminou em uma ofuscante explosão de<br />

prazer... e em outra... outra... ela sentiu que Cam começava a se afastar e gemeu, prendendo<br />

as pernas em volta dos quadris dele.<br />

– Amelia, não – disse ele, arfante. – Deixe-me... preciso...<br />

Trêmulo, ele não conseguiu se conter, enquanto o corpo dela envolvia e acariciava toda a<br />

sua rigidez.<br />

Ainda unidos, Cam rolou Amelia para o lado. Balbuciou alguma coisa em romani. Embora<br />

ela não compreendesse uma palavra, parecia ser um elogio. Mole de prazer e de exaustão,<br />

Amelia descansou a cabeça na curva firme de seu bíceps, a respiração entrecortando-se toda<br />

vez que ela sentia uma vibração ou um movimento dele nas profundezas de seu corpo.

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