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O sonho de mendeleiev

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Alquimia<br />

Apesar <strong>de</strong>ssa abordagem míope, uma espécie <strong>de</strong> progresso sistemático foi realizado, ainda<br />

que um tanto casualmente. A chave para isso encontrava-se na noção dos elixires. A Europa<br />

medieval herdou dos árabes uma i<strong>de</strong>ia confusa dos elixires. O elixir era o catalisador que<br />

induzia o processo <strong>de</strong> transmutação; mas a noção <strong>de</strong> que essa substância <strong>de</strong>via ser mágica em<br />

si mesma persistia. O elixir era também o elixir da vida, que conferia a imortalida<strong>de</strong>. Por<br />

associação, ele logo veio a ser consi<strong>de</strong>rado possuidor <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s medicinais. Essa<br />

ambiguida<strong>de</strong> conceitual é exemplificada pelos escritos <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Rupescissa, que praticou<br />

em meados do século XIV. Pouco se sabe sobre a sua vida, exceto que foi preso por difamar a<br />

excelência moral do papa Inocêncio VI, ironicamente um dos papas mais bem-comportados do<br />

período. Os escritos <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Rupescissa, por outro lado, são um tanto menos francos. Em

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