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edição de 19 de agosto de 2019

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ROTEIRO<br />

Por que investimos tanto em<br />

roteiro aqui na AlmapBBDO?<br />

Porque faz toda a diferença.<br />

Saímos <strong>de</strong> uma narrativa focada<br />

em diferencial <strong>de</strong> produto,<br />

que não permitia escolha, para<br />

uma era mais seletiva. Do que<br />

se quer assistir e o que vai compartilhar.<br />

Consequentemente,<br />

a narrativa precisa estar mais<br />

próxima do entretenimento.<br />

As pessoas querem enten<strong>de</strong>r o<br />

personagem. Já foi o tempo <strong>de</strong><br />

realizar coisas em 30 segundos.<br />

Precisamos ter i<strong>de</strong>ias e saber o<br />

melhor tempo para contá-las.<br />

Elas precisam ser simples. Para<br />

que pessoas repitam a frase:<br />

“você viu o que eu man<strong>de</strong>i pra<br />

você?” O consumidor é seletivo.<br />

Ele diz o que quer e o que<br />

vai compartilhar.<br />

CRIATIVIDADE<br />

É um asset da nossa indústria<br />

que nenhuma outra tem.<br />

Vi<strong>de</strong> a Accenture, que comprou<br />

a agência Droga5. Criativida<strong>de</strong><br />

gera diferencial <strong>de</strong> marca e negócios.<br />

Quando as marcas se comoditizam,<br />

a criativida<strong>de</strong>, por<br />

meio da comunicação, ajuda a<br />

Alê Oliveira<br />

trazer inovação com argumentos<br />

e discursos. E a criativida<strong>de</strong><br />

não está presa à criação. Ela é o<br />

produto final que uma agência<br />

tem para oferecer; ela é o nosso<br />

business.<br />

MOVIMENTOS<br />

São muitos. As marcas ganham<br />

espaço <strong>de</strong> formas surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />

A útima temporada<br />

<strong>de</strong> Stranger Things se passa<br />

em um shopping center com<br />

um storytelling multimarcas.<br />

Trouxemos Havaianas para o<br />

contexto <strong>de</strong> Stranger Things,<br />

que resgata os anos <strong>19</strong>80, fazendo<br />

um paralelo sobre o que<br />

é mais estranho: um mundo<br />

invertido ou um chinelo invertido.<br />

Antes as marcas só faziam<br />

product placement. Hoje<br />

essa técnica é apenas o começo<br />

<strong>de</strong> uma conversa. A questão<br />

é como aproveitar o residual<br />

através dos clusters. As pessoas<br />

que consomem cultura<br />

pop, como no caso <strong>de</strong> Strangers<br />

Things, vão compartilhar as coisas<br />

daquele jeito. É uma oportunida<strong>de</strong><br />

para as marcas saírem<br />

da mesmice. Ou seja, como elas<br />

vão abraçar e vão se aproveitar<br />

com relevância <strong>de</strong>sse universo.<br />

Se fizerem isso, serão as mais<br />

compartilhadas.<br />

PUBLICIDADE<br />

Tenho uma visão simplista<br />

sobre o negócio da propaganda:<br />

há produtos e eles precisam<br />

ser vendidos; existem marcas<br />

e elas precisam prosperar. Então,<br />

a publicida<strong>de</strong> vai continuar<br />

existindo sempre. Não<br />

compartilho com os apocalípticos<br />

<strong>de</strong> plantão. A diferença <strong>de</strong><br />

outros momentos é que tudo<br />

está acontecendo <strong>de</strong> forma rápida<br />

e em ciclos curtos. O que<br />

<strong>de</strong>sposicionou todo mundo.<br />

Como há muito mais canais<br />

para disponibilizar conteúdo,<br />

a questão é: as pessoas querem<br />

consumir essa oferta? A agência<br />

e a marca estão comunicando<br />

corretamente? Passamos<br />

por um período <strong>de</strong> indagação,<br />

principalmente com a chegada<br />

das consultorias, que vivem<br />

<strong>de</strong> achar problema, mas não<br />

têm <strong>de</strong>livery <strong>de</strong> solução. Nesse<br />

cenário, o pêndulo começa a<br />

voltar. Existem tantos produtos<br />

hoje, e diferentes, que será<br />

que não precisam <strong>de</strong> comunicação<br />

agregada? Sim, o papel<br />

do negócio da comunicação se<br />

torna mais relevante hoje. Antes<br />

as agências po<strong>de</strong>riam ser<br />

“aS marcaS não<br />

po<strong>de</strong>m ficar em<br />

cima do mUro;<br />

elaS preciSam<br />

ter o qUe dizer”<br />

até mais displicentes e preguiçosas,<br />

porque já tinham a mídia<br />

comprada e a estratégia <strong>de</strong>finida.<br />

Saímos da era <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r espaço<br />

para ven<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ias e pertinência.<br />

Com coragem, vamos<br />

voltar a ter valor. A publicida<strong>de</strong><br />

produz diferencial.<br />

PULVERIZAÇÃO<br />

Temos muito mais conteúdo.<br />

Por isso é preciso ser seletivo.<br />

Quando se abre a tela do Netflix,<br />

e isso é comum a todos, se<br />

per<strong>de</strong> mais tempo procurando<br />

o que vai assistir do que para<br />

assistir. Cabe às agências fazerem<br />

uma curadoria sobre o<br />

que esse universo po<strong>de</strong> ver por<br />

meio <strong>de</strong> marcas inspiradoras.<br />

PR<br />

A AlmapBBDO sempre produziu<br />

coisas que as pessoas falavam.<br />

O diferencial é sair <strong>de</strong><br />

qual é a melhor i<strong>de</strong>ia para um<br />

produto para qual é a melhor<br />

i<strong>de</strong>ia para esse produto ser comentado.<br />

Antes era intuitivo.<br />

Hoje temos um processo. A partir<br />

do momento que uma marca<br />

é compartilhável é porque ela<br />

tem elemento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação.<br />

Isso é PR. A gran<strong>de</strong> mudança<br />

da Almap é saber qual a melhor<br />

i<strong>de</strong>ia e qual a melhor i<strong>de</strong>ia para<br />

ativar PR. Esses pontos i<strong>de</strong>ntificam<br />

a comunicação contemporânea.<br />

Antes queríamos uma<br />

i<strong>de</strong>ia memorável; hoje ela tem<br />

<strong>de</strong> ser compartilhável. Quando<br />

encontro com o Marcello Serpa<br />

converso que o <strong>de</strong>safio anterior<br />

era encontrar a excelência<br />

nos canais disponíveis com a<br />

reinvenção <strong>de</strong> linguagem. Hoje<br />

é reinventar o negócio. Não dá<br />

mais para ficar no quadradinho<br />

seguro. A agência tem <strong>de</strong> entrar<br />

em zona <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong>sconforto.<br />

Faz parte do caráter humano<br />

das marcas. As agências estão<br />

muito na <strong>de</strong>fensiva. Antes parávamos<br />

no play. Hoje o trabalho<br />

começa no play. Po<strong>de</strong>mos<br />

mudar. A comunicação virou<br />

always on, mas <strong>de</strong> conteúdo inteligente.<br />

Há uma vida curta das<br />

i<strong>de</strong>ias. Elas são mutáveis.<br />

COLETIVO<br />

Ninguém faz nada sozinho. E<br />

os trabalhos estão mais complexos<br />

e há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />

pessoas nas fichas técnicas. A<br />

publicida<strong>de</strong> tem mais disciplinas<br />

e velocida<strong>de</strong>. Quanto ao<br />

pensamento coletivo, porém,<br />

nem tão lá, nem tão cá. Saber<br />

ouvir é uma qualida<strong>de</strong>, mas saber<br />

que uma i<strong>de</strong>ia é melhor do<br />

que a sua, e que é para o bem<br />

maior, significa humilda<strong>de</strong>.<br />

Isso é positivo. Não há mais espaço<br />

para salto alto. Mas o que<br />

nos torna diferentes é a nossa<br />

individualida<strong>de</strong>. Em minha<br />

opinião, esse negócio <strong>de</strong> ser<br />

um grupo é uma <strong>de</strong>sculpa para<br />

escon<strong>de</strong>r mediocrida<strong>de</strong>. Quem<br />

é bom é bom e ser for bom vai<br />

ter a humilda<strong>de</strong> da seleção <strong>de</strong><br />

70 para jogar naquele canto que<br />

lhe foi <strong>de</strong>signado. E compartilhar<br />

com outros craques o jogo.<br />

AUTONOMIA<br />

A AlmapBBDO é agência <strong>de</strong><br />

dono. Mas temos relação saudável<br />

com os acionistas. A vantagem<br />

é que o mundo é tão rápido<br />

que ficar esperando para<br />

tomar <strong>de</strong>cisões mata o negócio.<br />

A AlmapBBDO sempre mudou<br />

muito. Trabalho aqui há 25<br />

anos e em 25 Almap diferentes.<br />

Isso é instigante. E todas essas<br />

fases são sempre baseadas em<br />

pessoas. Valorizo mais o brilho<br />

no olho do que o talento propriamente<br />

dito. O profissional<br />

tem que ter atitu<strong>de</strong>. Tem que<br />

ser bold. Faço parte do board <strong>de</strong><br />

criação e do grupo. Ter autonomia<br />

é legal sim. Somos a única<br />

BBDO no mundo na Volkswagen.<br />

De 55 agências, ficamos<br />

entre os cinco hubs da marca.<br />

Os clientes nos <strong>de</strong>finem <strong>de</strong>ssa<br />

forma: “Power house <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong><br />

e negócios”. E gostamos.<br />

Faz sentido.<br />

PRÊMIOS<br />

Não é uma busca. Mas tivenos<br />

que fazer um esforço muito<br />

gran<strong>de</strong> para mostrar para o<br />

mercado que a AlmapBBDO tinha<br />

consistência. Muita gente<br />

<strong>de</strong>sacreditou da continuida<strong>de</strong>.<br />

Sim, investimos em festivais.<br />

Vencemos muitos e mantivemos<br />

o volume <strong>de</strong> prêmios das<br />

outras gerações. A Almap-<br />

BBDO é assim. Usa a criativida<strong>de</strong><br />

como base. Os prêmio dão<br />

credibilida<strong>de</strong>. Mas esse investimento<br />

foi consciente. Os prêmios<br />

são fruto <strong>de</strong> bons trabalhos<br />

e resultados comprovados.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> 20<strong>19</strong> 59

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