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ROTEIRO<br />
Por que investimos tanto em<br />
roteiro aqui na AlmapBBDO?<br />
Porque faz toda a diferença.<br />
Saímos <strong>de</strong> uma narrativa focada<br />
em diferencial <strong>de</strong> produto,<br />
que não permitia escolha, para<br />
uma era mais seletiva. Do que<br />
se quer assistir e o que vai compartilhar.<br />
Consequentemente,<br />
a narrativa precisa estar mais<br />
próxima do entretenimento.<br />
As pessoas querem enten<strong>de</strong>r o<br />
personagem. Já foi o tempo <strong>de</strong><br />
realizar coisas em 30 segundos.<br />
Precisamos ter i<strong>de</strong>ias e saber o<br />
melhor tempo para contá-las.<br />
Elas precisam ser simples. Para<br />
que pessoas repitam a frase:<br />
“você viu o que eu man<strong>de</strong>i pra<br />
você?” O consumidor é seletivo.<br />
Ele diz o que quer e o que<br />
vai compartilhar.<br />
CRIATIVIDADE<br />
É um asset da nossa indústria<br />
que nenhuma outra tem.<br />
Vi<strong>de</strong> a Accenture, que comprou<br />
a agência Droga5. Criativida<strong>de</strong><br />
gera diferencial <strong>de</strong> marca e negócios.<br />
Quando as marcas se comoditizam,<br />
a criativida<strong>de</strong>, por<br />
meio da comunicação, ajuda a<br />
Alê Oliveira<br />
trazer inovação com argumentos<br />
e discursos. E a criativida<strong>de</strong><br />
não está presa à criação. Ela é o<br />
produto final que uma agência<br />
tem para oferecer; ela é o nosso<br />
business.<br />
MOVIMENTOS<br />
São muitos. As marcas ganham<br />
espaço <strong>de</strong> formas surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />
A útima temporada<br />
<strong>de</strong> Stranger Things se passa<br />
em um shopping center com<br />
um storytelling multimarcas.<br />
Trouxemos Havaianas para o<br />
contexto <strong>de</strong> Stranger Things,<br />
que resgata os anos <strong>19</strong>80, fazendo<br />
um paralelo sobre o que<br />
é mais estranho: um mundo<br />
invertido ou um chinelo invertido.<br />
Antes as marcas só faziam<br />
product placement. Hoje<br />
essa técnica é apenas o começo<br />
<strong>de</strong> uma conversa. A questão<br />
é como aproveitar o residual<br />
através dos clusters. As pessoas<br />
que consomem cultura<br />
pop, como no caso <strong>de</strong> Strangers<br />
Things, vão compartilhar as coisas<br />
daquele jeito. É uma oportunida<strong>de</strong><br />
para as marcas saírem<br />
da mesmice. Ou seja, como elas<br />
vão abraçar e vão se aproveitar<br />
com relevância <strong>de</strong>sse universo.<br />
Se fizerem isso, serão as mais<br />
compartilhadas.<br />
PUBLICIDADE<br />
Tenho uma visão simplista<br />
sobre o negócio da propaganda:<br />
há produtos e eles precisam<br />
ser vendidos; existem marcas<br />
e elas precisam prosperar. Então,<br />
a publicida<strong>de</strong> vai continuar<br />
existindo sempre. Não<br />
compartilho com os apocalípticos<br />
<strong>de</strong> plantão. A diferença <strong>de</strong><br />
outros momentos é que tudo<br />
está acontecendo <strong>de</strong> forma rápida<br />
e em ciclos curtos. O que<br />
<strong>de</strong>sposicionou todo mundo.<br />
Como há muito mais canais<br />
para disponibilizar conteúdo,<br />
a questão é: as pessoas querem<br />
consumir essa oferta? A agência<br />
e a marca estão comunicando<br />
corretamente? Passamos<br />
por um período <strong>de</strong> indagação,<br />
principalmente com a chegada<br />
das consultorias, que vivem<br />
<strong>de</strong> achar problema, mas não<br />
têm <strong>de</strong>livery <strong>de</strong> solução. Nesse<br />
cenário, o pêndulo começa a<br />
voltar. Existem tantos produtos<br />
hoje, e diferentes, que será<br />
que não precisam <strong>de</strong> comunicação<br />
agregada? Sim, o papel<br />
do negócio da comunicação se<br />
torna mais relevante hoje. Antes<br />
as agências po<strong>de</strong>riam ser<br />
“aS marcaS não<br />
po<strong>de</strong>m ficar em<br />
cima do mUro;<br />
elaS preciSam<br />
ter o qUe dizer”<br />
até mais displicentes e preguiçosas,<br />
porque já tinham a mídia<br />
comprada e a estratégia <strong>de</strong>finida.<br />
Saímos da era <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r espaço<br />
para ven<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ias e pertinência.<br />
Com coragem, vamos<br />
voltar a ter valor. A publicida<strong>de</strong><br />
produz diferencial.<br />
PULVERIZAÇÃO<br />
Temos muito mais conteúdo.<br />
Por isso é preciso ser seletivo.<br />
Quando se abre a tela do Netflix,<br />
e isso é comum a todos, se<br />
per<strong>de</strong> mais tempo procurando<br />
o que vai assistir do que para<br />
assistir. Cabe às agências fazerem<br />
uma curadoria sobre o<br />
que esse universo po<strong>de</strong> ver por<br />
meio <strong>de</strong> marcas inspiradoras.<br />
PR<br />
A AlmapBBDO sempre produziu<br />
coisas que as pessoas falavam.<br />
O diferencial é sair <strong>de</strong><br />
qual é a melhor i<strong>de</strong>ia para um<br />
produto para qual é a melhor<br />
i<strong>de</strong>ia para esse produto ser comentado.<br />
Antes era intuitivo.<br />
Hoje temos um processo. A partir<br />
do momento que uma marca<br />
é compartilhável é porque ela<br />
tem elemento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação.<br />
Isso é PR. A gran<strong>de</strong> mudança<br />
da Almap é saber qual a melhor<br />
i<strong>de</strong>ia e qual a melhor i<strong>de</strong>ia para<br />
ativar PR. Esses pontos i<strong>de</strong>ntificam<br />
a comunicação contemporânea.<br />
Antes queríamos uma<br />
i<strong>de</strong>ia memorável; hoje ela tem<br />
<strong>de</strong> ser compartilhável. Quando<br />
encontro com o Marcello Serpa<br />
converso que o <strong>de</strong>safio anterior<br />
era encontrar a excelência<br />
nos canais disponíveis com a<br />
reinvenção <strong>de</strong> linguagem. Hoje<br />
é reinventar o negócio. Não dá<br />
mais para ficar no quadradinho<br />
seguro. A agência tem <strong>de</strong> entrar<br />
em zona <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong>sconforto.<br />
Faz parte do caráter humano<br />
das marcas. As agências estão<br />
muito na <strong>de</strong>fensiva. Antes parávamos<br />
no play. Hoje o trabalho<br />
começa no play. Po<strong>de</strong>mos<br />
mudar. A comunicação virou<br />
always on, mas <strong>de</strong> conteúdo inteligente.<br />
Há uma vida curta das<br />
i<strong>de</strong>ias. Elas são mutáveis.<br />
COLETIVO<br />
Ninguém faz nada sozinho. E<br />
os trabalhos estão mais complexos<br />
e há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />
pessoas nas fichas técnicas. A<br />
publicida<strong>de</strong> tem mais disciplinas<br />
e velocida<strong>de</strong>. Quanto ao<br />
pensamento coletivo, porém,<br />
nem tão lá, nem tão cá. Saber<br />
ouvir é uma qualida<strong>de</strong>, mas saber<br />
que uma i<strong>de</strong>ia é melhor do<br />
que a sua, e que é para o bem<br />
maior, significa humilda<strong>de</strong>.<br />
Isso é positivo. Não há mais espaço<br />
para salto alto. Mas o que<br />
nos torna diferentes é a nossa<br />
individualida<strong>de</strong>. Em minha<br />
opinião, esse negócio <strong>de</strong> ser<br />
um grupo é uma <strong>de</strong>sculpa para<br />
escon<strong>de</strong>r mediocrida<strong>de</strong>. Quem<br />
é bom é bom e ser for bom vai<br />
ter a humilda<strong>de</strong> da seleção <strong>de</strong><br />
70 para jogar naquele canto que<br />
lhe foi <strong>de</strong>signado. E compartilhar<br />
com outros craques o jogo.<br />
AUTONOMIA<br />
A AlmapBBDO é agência <strong>de</strong><br />
dono. Mas temos relação saudável<br />
com os acionistas. A vantagem<br />
é que o mundo é tão rápido<br />
que ficar esperando para<br />
tomar <strong>de</strong>cisões mata o negócio.<br />
A AlmapBBDO sempre mudou<br />
muito. Trabalho aqui há 25<br />
anos e em 25 Almap diferentes.<br />
Isso é instigante. E todas essas<br />
fases são sempre baseadas em<br />
pessoas. Valorizo mais o brilho<br />
no olho do que o talento propriamente<br />
dito. O profissional<br />
tem que ter atitu<strong>de</strong>. Tem que<br />
ser bold. Faço parte do board <strong>de</strong><br />
criação e do grupo. Ter autonomia<br />
é legal sim. Somos a única<br />
BBDO no mundo na Volkswagen.<br />
De 55 agências, ficamos<br />
entre os cinco hubs da marca.<br />
Os clientes nos <strong>de</strong>finem <strong>de</strong>ssa<br />
forma: “Power house <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong><br />
e negócios”. E gostamos.<br />
Faz sentido.<br />
PRÊMIOS<br />
Não é uma busca. Mas tivenos<br />
que fazer um esforço muito<br />
gran<strong>de</strong> para mostrar para o<br />
mercado que a AlmapBBDO tinha<br />
consistência. Muita gente<br />
<strong>de</strong>sacreditou da continuida<strong>de</strong>.<br />
Sim, investimos em festivais.<br />
Vencemos muitos e mantivemos<br />
o volume <strong>de</strong> prêmios das<br />
outras gerações. A Almap-<br />
BBDO é assim. Usa a criativida<strong>de</strong><br />
como base. Os prêmio dão<br />
credibilida<strong>de</strong>. Mas esse investimento<br />
foi consciente. Os prêmios<br />
são fruto <strong>de</strong> bons trabalhos<br />
e resultados comprovados.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> 20<strong>19</strong> 59