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Vamos Garotas! - Senac

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tinham it e ensinavam às mulheres que ter personalidade e ser independente não era uma<br />

utopia.<br />

Os rapazes ficavam malucos e queriam ser maridos, namorados ou qualquer outra<br />

coisa dessas meninas tão características do charme e do meneio brasileiros. Pois a página<br />

de<br />

Alceu lhes ensinou que, para conquistá-las, teriam de mudar seus conceitos e aceitar<br />

uma nova<br />

mulher”. 263<br />

“As <strong>Garotas</strong> do Alceu” representavam um imaginário de uma sociedade em<br />

transição, ou seja, no compasso da renovação de costumes e tecnologias. A modernidade<br />

estava no ar, e com ela, o sabor da mudança e o desejo do novo. Elas compartilhavam da<br />

realidade vivenciada pelas moças da época, viviam as mesmas angústias e obstáculos, além<br />

de gostarem das mesmas coisas. Seu corpo e moda estavam sujeitos às mesmas restrições e<br />

vigilâncias,<br />

em uma época que a formalidade ainda se sobrepunha. Alceu Penna<br />

representou uma tendência que pairava no ar, ainda tímida, que se tornou mais concreta nas<br />

páginas das espevitadas “<strong>Garotas</strong>”.<br />

263<br />

CASTRO. Ruy. Texto de apresentação da exposição “O Brasil na ponta do lápis: Alceu Penna, modas e<br />

figurinos”. Centro Universitário <strong>Senac</strong>-SP. Maio 2007<br />

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