Vamos Garotas! - Senac
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“As <strong>Garotas</strong>”, pela pouca<br />
idade, se davam ao luxo de se<br />
preocuparem com viagens, rapazes, roupas e o ócio. Curtir a vida<br />
era uma expressão de ordem da coluna.<br />
Fig 33 a. Coluna “As <strong>Garotas</strong> do Alceu”: Malas e <strong>Garotas</strong>. Texto<br />
sem referência. 23 de novembro de 1940.<br />
A seguir começam a<br />
aparecer textos de Maria Luiza<br />
Castello Branco. Essa fase,<br />
especialmente, será marcada por<br />
um tom mais conservador,<br />
diferente dos textos anteriores.<br />
Nesse período, Amélia<br />
Whitaker, a Dona Lili, mulher<br />
de<br />
Leão Gondim, diretor de O<br />
Cruzeiro, estava na presidência<br />
da publicação. Ela interferiu em<br />
várias seções, inclusive nas<br />
“<strong>Garotas</strong>”, como assinalou<br />
Accioly Netto: “Mas por<br />
interferência de Dona Lili, elas<br />
passaram a serem feitas pela inexperiente Lia Castello Branco. E as <strong>Garotas</strong> passaram a<br />
falar coisas chatas, sempre em tom de conselho.” 176<br />
Existiram outras contribuições de redatores, que vão aparecer mais em 1944 e 1946.<br />
O irmão de Alceu Penna, Aloysio, será um deles assinando “Pensamentos das <strong>Garotas</strong>” em<br />
26 de fevereiro<br />
de 1944: “As mulheres devem levar, e não serem levadas.” Houve outros,<br />
como João Velho 177 em “A batucada das <strong>Garotas</strong>”, assinando legendas em 12 de fevereiro<br />
de 1944: “Cada vez que você decota um pouco mais o vestido, vem com esta história de<br />
176<br />
NETTO, Accioly. Op cit, p. 82.<br />
177<br />
Não há registros de quem seja João Velho. Possivelmente é um pseudônimo de um redator que colaborou<br />
de forma ocasional na coluna.<br />
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