Vamos Garotas! - Senac
Vamos Garotas! - Senac
Vamos Garotas! - Senac
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
“As <strong>Garotas</strong>” usavam também os óculos estilo gatinho, muito popular<br />
entre as jovens do período.<br />
Fig. 23. Coluna “As <strong>Garotas</strong> do Alceu”. <strong>Garotas</strong> na areia. Texto sem<br />
referência. 10 de novembro de 1945.<br />
“As <strong>Garotas</strong>” também<br />
eram ilustradas em situações,<br />
muitas vezes, contraditórias. A<br />
liberdade se alternava com<br />
ar independente, que não era muito comum para a época, especialmente para uma jovem:<br />
“As garotas<br />
são todas uns anjinhos (que Deus me perdoe!)... Capazes de atear qualquer<br />
“transviado”. Do jovem,<br />
nesse período, era esperado saber dosar ingredientes modernos e<br />
tradicionais,<br />
tentando estabelecer um equilíbrio entre eles.<br />
atitudes um tanto quanto<br />
conservadoras. Elas sentiam-se<br />
censuradas, muitas vezes, ao<br />
entregarem-se aos prazeres de<br />
um beijo: “Momento terrível<br />
para as <strong>Garotas</strong> é aquele em<br />
que elas são forçadas a cortar a trajetória de um beijo.” 123 Ao mesmo tempo emanavam um<br />
incêndio, desses que não há bombeiro que apague.” 124<br />
Em um Brasil, que passava por uma grande modernização, em que velhos<br />
parâmetros sociais de conduta colocavam-se ao lado dos novos, era muito natural que a<br />
figura do jovem “certinho” convivesse com a do jovem “moderninho” ou até mesmo<br />
123<br />
“As <strong>Garotas</strong> do Alceu”. “Alto, <strong>Garotas</strong>!” Texto A Ladino. In: O CRUZEIRO. 10 de abril de 1948, p.22 e<br />
23.<br />
124<br />
“As <strong>Garotas</strong> do Alceu”. “As <strong>Garotas</strong> mais revolucionárias”. Texto sem referência. In: O CRUZEIRO. 13<br />
de setembro de 1947, p.22 e 23.<br />
63