Vamos Garotas! - Senac
Vamos Garotas! - Senac
Vamos Garotas! - Senac
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
“E hoje apresentamos<br />
novamente aos leitores as famosas<br />
“<strong>Garotas</strong> do Alceu”, mas agora em carne e osso. (...) As garotas todas<br />
pertencentes à alta sociedade carioca, estavam ‘belas e delicadas quais<br />
borboletas da primavera’, como<br />
diriam nossos eufóricos cronistas<br />
sociais.” 187<br />
Segundo Thereza Penna, Anna Marina, editora do<br />
Estado de Minas, foi considerada uma representante<br />
das “<strong>Garotas</strong>” em Minas Gerais. A<br />
editora relembra a importância dessas figurinhas:<br />
“As <strong>Garotas</strong> do Alceu<br />
garotas dos anos 50, modelo<br />
tudo delas: o penteado, a roup<br />
televisão era um sonho, as notícias e<br />
levavam dias para chegar até<br />
do que estava em moda lá fora, processava as tendências e, pioneiro,<br />
criava com seus desenhos um<br />
toda uma geração. Autênticas, as <strong>Garotas</strong> não passaram, continuam na<br />
moda até hoje.” 188<br />
representavam, principalmente para as<br />
de comportamento, de estilo. Copiava-se<br />
a, o savoir vivre. Numa época em que a<br />
fotos do outro lado do mundo<br />
aqui. Alceu Penna recebia as informações<br />
estilo brasileiro. Com isso, influenciou<br />
A beleza das “<strong>Garotas</strong>”, entretanto, se diferencia<br />
tanto das pin-ups quanto das<br />
maior: o delas mesmas.<br />
As ilustrações mostram meninas que usam<br />
Caderno Feminino do jornal<br />
G ibson Girls, especificamente, pois, geralmente,<br />
não é passiva e serve a um objetivo<br />
a beleza e as armas de sedução para<br />
conseguir mimos, namorar quantos rapazes fossem possíveis, enfim, conseguirem o que<br />
querem e fazer o que bem entendem. Elas não estão acostumadas a serem contrariadas:<br />
“Nada mais justo do que respeitarmos os enfados dessas criaturinhas, que são anjos de<br />
189<br />
candura quando não são contrariadas.” A conquista, para as “<strong>Garotas</strong>”, não é passiva. A<br />
beleza é fatal e elas “atacam” sem piedade suas “presas”: “Esta é uma página dedicada a<br />
187<br />
Reportagem “<strong>Garotas</strong> do Alceu” sobre o desfile “Charme”. Providência dos Desamparados. In: O<br />
CRUZEIRO. 30 de outubro 1948, p. 86-89.<br />
188<br />
MARINA, Anna.<br />
Texto manuscrito. Belo Horizonte, 2006.(mimeo). 9 de novembro de 2006.<br />
189<br />
“As <strong>Garotas</strong> do Alceu”. “Não contrarie as <strong>Garotas</strong>”. Texto A. Ladino. In: O CRUZEIRO. 10 de dezembro<br />
de 1955, p.78-79.<br />
91