universidade de são paulo - Faculdade de Odontologia - Unesp
universidade de são paulo - Faculdade de Odontologia - Unesp
universidade de são paulo - Faculdade de Odontologia - Unesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
1 Introdução<br />
A estomatite protética é um tipo <strong>de</strong> candidíase bucal que comumente afeta<br />
os usuários <strong>de</strong> prótese (Dagistan et al. 11 , 2009). Essa condição patológica<br />
caracteriza-se pela presença <strong>de</strong> inflamação na mucosa, particularmente naquela<br />
que mantém contato com a superfície interna das próteses removíveis, totais ou<br />
parciais (Wilson 80 , 1998; Barbeau et al. 2 , 2003; Ramage et al. 60 , 2004). Apesar da<br />
etiologia multifatorial (Wilson 80 , 1998; Dagistan et al. 11 , 2009), tem sido<br />
observado que Candida albicans é o microrganismo mais freqüentemente<br />
associado à estomatite protética (Dagistan et al. 11 , 2009; Abaci et al. 1 , 2010).<br />
Entretanto, recentemente, espécies não-albicans têm sido isoladas das superfícies<br />
protéticas e da mucosa oral (Dagistan et al. 11 , 2009; Abaci et al. 1 , 2010). Entre<br />
essas espécies, Candida glabrata foi a espécie mais comumente isolada em<br />
pacientes com estomatite protética, seguida pela Candida pseudotropicalis,<br />
Candida Krusei, Candida tropicalis, Candida parapsilosis, e outras (Dagistan et<br />
al. 11 , 2009). Segundo Coco et al. 10 (2008), biofilmes mistos <strong>de</strong> Candida albicans e<br />
Candida glabrata foram associados com a ocorrência da estomatite protética,<br />
indicando que a Candida glabrata po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar um papel importante nessa<br />
patogênese. Além disso, nos últimos anos, a prevalência <strong>de</strong> infecções com<br />
Candida glabrata tem aumentado, principalmente em pacientes<br />
imunocomprometidos, o que merece atenção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que essas infecções são,<br />
frequentemente, mais difíceis <strong>de</strong> tratar e apresentam maior taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />
comparada às infecções com outras espécies não-albicans (Li et al. 29 , 2007).<br />
Os tratamentos mais comumente recomendados para a estomatite protética<br />
têm sido a utilização <strong>de</strong> medicamentos antifúngicos tópicos ou sistêmicos e a<br />
associação da escovação da prótese com a imersão em soluções <strong>de</strong>sinfetantes<br />
(Budtz-Jorgensen 5 , 1990; Chau et al. 9 , 1995; Pavarina et al. 48 , 2003). Outro<br />
método proposto para a <strong>de</strong>sinfecção das próteses é a irradiação com energia <strong>de</strong><br />
micro-ondas (Ribeiro et al. 62 , 2009). Embora esses tratamentos sejam eficientes na<br />
redução dos sinais e sintomas da doença, eles apresentam alguns inconvenientes,