universidade de são paulo - Faculdade de Odontologia - Unesp
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como: não eliminação do microrganismo (Lombardi et al. 31 , 1993; Lamfon et al. 27 ,<br />
2005); a indução <strong>de</strong> efeitos hepatotóxicos e nefrotóxicos (Lombardi et al. 31 , 1993);<br />
a resistência dos microrganismos a esses medicamentos (Lamfon et al. 27 , 2005);<br />
possíveis efeitos citotóxicos (Sagripanti et al. 64 , 2000); e alterações nas<br />
proprieda<strong>de</strong>s físicas e mecânicas das resinas acrílicas utilizadas na confecção das<br />
próteses (Polyzois et al. 54 , 1995; Ma et al. 33 , 1997). Além disso, todos esses<br />
métodos visam à inativação dos microrganismos após sua a<strong>de</strong>são sobre a<br />
superfície das próteses. Essas limitações e <strong>de</strong>svantagens das terapias atuais<br />
enfatizam a importância <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> tratamento direcionados para a redução da<br />
a<strong>de</strong>são inicial dos microrganismos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o pré-requisito para colonização e,<br />
consequentemente, ocorrência da estomatite protética é a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> Candida spp.<br />
às superfícies orais, incluindo mucosa e superfícies protéticas (Nikawa et al. 44 ,<br />
1997; Verran, Maryan 77 , 1997; Yildirim et al. 81 , 2005).<br />
Embora os mecanismos exatos por meio dos quais a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> Candida às<br />
superfícies acrílicas ocorre sejam <strong>de</strong>sconhecidos, muitos fatores que po<strong>de</strong>m afetar<br />
a a<strong>de</strong>são têm sido <strong>de</strong>scritos, entre eles, a rugosida<strong>de</strong> superficial, a película <strong>de</strong><br />
saliva e as interações hidrofóbicas e eletrostáticas.<br />
I<strong>de</strong>almente, um material <strong>de</strong>veria possuir uma superfície lisa e polida, a fim<br />
<strong>de</strong> que o acúmulo <strong>de</strong> biofilme fosse evitado ou minimizado (Zissis et al. 84 , 2000).<br />
Entretanto, Zissis et al. 84 (2000), ao estudar diversas resinas para base <strong>de</strong> prótese e<br />
resinas reembasadoras, encontraram que a rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superfície dos materiais<br />
protéticos estudados variaram <strong>de</strong> 0,7 a 7,6 micrômetros. Em função dos valores <strong>de</strong><br />
rugosida<strong>de</strong> obtidos e da gran<strong>de</strong> variação entre os materiais, os autores concluíram<br />
que há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> biofilme em todos os materiais avaliados.<br />
Particularmente em relação à estomatite protética, a rugosida<strong>de</strong> está diretamente<br />
associada à retenção e a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong> Candida e <strong>de</strong>senvolvimento do biofilme<br />
<strong>de</strong>ssas espécies (Pereira-Cenci et al. 51 , 2008). Nesse contexto, a rugosida<strong>de</strong><br />
superficial po<strong>de</strong> favorecer a fixação dos microrganismos, <strong>de</strong>vido à maior área <strong>de</strong><br />
superfície disponível para a<strong>de</strong>são, e ainda, por protegê-los contra as forças <strong>de</strong><br />
remoção (Radford et al. 59 , 1998; Taylor et al. 74 , 1998; Radford et al. 58 , 1999;<br />
Lamfon et al. 28 , 2003).