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PESQUISA PRÁTICA PEDAGÓGICA IV

PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA IV - ftc ead

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temperamento, suas ansiedades diante de um grupo de alunos que não rendem o que eledesejaria ou que se mostram indisciplinados é um recurso fundamental para que demonstrecompetência profissional. Dentro da mesma linha de pensamento, ajudar o aluno a formarsepara competência, significa criar um contexto de aprendizagem onde o aluno aprenda aadministrar suas emoções, onde ele se motive para o aprender, onde ele sinta que juntocom seu mundo intelectual, seu mundo emocional é envolvido e cresce continuamente.Esse fator, controle emocional, é muito evidenciado, em atividades esportivas. Ouvese,com freqüência, a expressão “o time amarelou”, no sentido de que o time perdeu, emborahouvesse treinado, embora conhecesse a linguagem do esporte, embora os valores culturais(a camisa, o clube) falassem forte. De jogadores novos que vestem pela primeira vez acamisa amarela da seleção brasileira, diz-se que “o peso da camisa” não permitiu quetivesse uma boa atuação, embora todos conhecessem as potencialidades do jogador. Essesexemplos e muitos outros que poderíamos apresentar são indicadores da importância docomponente administração das emoções na definição da competência do sujeito ao abordaruma situação complexa.Conceituamos competência como uma capacidade do sujeito em mobilizar recursos.Uma questão nos parece importante ser colocada neste momento. Para fazê-lo, imaginemosum jogador de tênis conhecido por todos como o n° 1 do ranking mundial, cuja competênciaé reconhecida por todos e que, num determinado dia, perde uma partida para o 98º doranking. Não devemos afirmar que ele não tem competência, mas que sua performance,neste caso, não esteve ao nível de sua competência. Com isso introduzimos o conceito deperformance, como um indicador da possível competência do sujeito. Dizemos possível,porque quem não tem competência provavelmente não terá uma boa performance. Poroutro lado, quem não teve boa performance numa situação determinada, pode ter grandecompetência relativamente à mesma situação.Levemos este conceito para uma situação complexa a ser enfrentada pelos alunos:uma prova. O que os professores podem avaliar pelas provas é a performance do aluno,que pode ser o indicador de sua competência. Mas uma performance aquém do esperado,não significa, automaticamente, falta de competência. Por este motivo, um professorcompetente, não avalia seus alunos por uma prova. Da mesma forma, não nos pareceadmissível um professor reprovar um aluno por alguns décimos nas notas. Cabe sim aoprofessor competente, administrar vários instrumentos de avaliação da aprendizagem parapoder julgar a possível competência do aluno numa situação específica.Concluindo nossa reflexão, pensamos que o que mais importa para os professoresé determinar as situações complexas que seus alunos deverão aprender a abordar e ajudálosa adquirir os recursos cognitivos necessários para esta abordagem. Parece-me que oque se está compreendendo, erroneamente a meu ver, é querer determinar a competênciae depois ver onde aplicá-la. Assim, uma Pedagogia de Projetos nos parece perfeitamentecoerente com essa visão do ensino para competências, pois o projeto estabelece a situaçãocomplexa e na sua programação buscam-se os recursos necessários para levá-lo a bomtermo. Importa salientar que esta visão estabelece novas relações entre o professor, o alunoe o conhecimento em contexto escolar. Pensar nelas e levá-las para a prática docente énossa tarefa.CURRÍCULO E COMPETÊNCIASRuy Leite Berger FilhoO aumento e a melhorias das oportunidades educacionais, o desejo de inclusão eas exigências do mundo do trabalho e da cada vez mais complexa vida pessoal e social17

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