CONSCIÊNCIA HISTÓRICAPARA A CONSTRUÇÃO DA<strong>PRÁTICA</strong> <strong>PEDAGÓGICA</strong>PARÂMETROS CURRICULARESNACIONAIS DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDO 1 – OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISNO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA NO ENSINOMÉDIOA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E A REFORMACURRICULAR DO ENSINO MÉDIOParâmetros Curriculares NacionaisA nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) vem conferiruma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que Ensino Médio é Educação Básica.A Constituição de 1988 já prenunciava essa concepção, quando, no inciso II do Art.208, garantia como dever do Estado “a progressiva extensão da obrigatoriedade egratuidade ao ensino médio”. Posteriormente, a Emenda Constitucional nº 14/96 modificoua redação desse inciso sem alterar o espírito da redação original, inscrevendo no textoconstitucional “a progressiva universalização do ensino médio gratuito”. A Constituição,portanto, confere a esse nível de ensino o estatuto de direito de todo cidadão.A alteração provocada pela Emenda Constitucional merece, entretanto, um destaque.O Ensino Médio deixa de ser obrigatório para as pessoas, mas a sua oferta é dever doEstado, numa perspectiva de acesso para todos aqueles que o desejarem. Por sua vez, aLDB reitera a obrigatoriedade progressiva do Ensino Médio, sendo esta, portanto, umadiretriz legal, ainda que não mais constitucional.A LDB confere caráter de norma legal à condição do Ensino Médio como parte daEducação Básica, quando, por meio do Art. 21, estabelece:“Art. 21. A educação escolar compõe-se de:I – Educação básica, formada pela educaçãoinfantil, ensino fundamental e ensino médio;II – Educação superior”Isso significa que o Ensino Médio passa a integrar a etapa do processo educacionalque a Nação considera básica para o exercício da cidadania, base para o acesso àsatividades produtivas, para o prosseguimento nos níveis mais elevados e complexos de7
Pesquisa e PráticaPedagógica <strong>IV</strong>educação e para o desenvolvimento pessoal, referido à sua interação com asociedade e sua plena inserção nela, ou seja, que “tem por finalidadesdesenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável parao exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e emestudos posteriores” (Art.22, Lei nº 9.394/96).O ensino médio como etapa final da educação básicaA Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o Ensino Médio é a“etapa final da educação básica” (Art.36), o que concorre para a construção de suaidentidade. O Ensino Médio passa a ter a característica da terminalidade, o que significaassegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar osconhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental; aprimorar o educando como pessoahumana; possibilitar o prosseguimento de estudos; garantir a preparação básica para otrabalho e a cidadania; dotar o educando dos instrumentos que o permitam “continuaraprendendo”, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos “fundamentoscientíficos e tecnológicos dos processos produtivos” (Art.35, incisos I a <strong>IV</strong>).O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinadacom a contemporaneidade, com a construção de competências básicas, que situem oeducando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, ecom o desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação” – cidadão.Nessa concepção, a Lei nº 9.394/96 muda no cerne a identidade estabelecida parao Ensino Médio contida na referência anterior, a Lei nº 5.692/71, cujo 2º grau se caracterizavapor uma dupla função: preparar para o prosseguimento de estudos e habilitar para o exercíciode uma profissão técnica.Na perspectiva da nova Lei, o Ensino Médio, como parte da educação escolar,“deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (Art.1º § 2º da Lei nº 9.394/96).Essa vinculação é orgânica e deve contaminar toda a prática educativa escolar.Em suma, a Lei estabelece uma perspectiva para esse nível de ensino que integra,numa mesma e única modalidade, finalidades até então dissociadas, para oferecer, deforma articulada, uma educação equilibrada, com funções equivalentes para todos oseducandos:• a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competênciasnecessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade emque se situa;• o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo aformação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamentocrítico;• a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo dotrabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional epermitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;• o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, deforma autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos.ENSINO MÉDIOParâmetros Curriculares NacionaisO currículo do novo Ensino Médio propõe o desenvolvimento de competênciasfundamentais ao exercício da cidadania e enfatiza a formação geral para que o aluno, aoterminar essa etapa, possa continuar estudando e/ou entrar para o mercado de trabalho. A8
- Page 2: PESQUISA EPRÁTICAPEDAGÓGICA IV1
- Page 5 and 6: Pesquisa e PráticaPedagógica IV4
- Page 7: Pesquisa e PráticaPedagógica IV6
- Page 12 and 13: 12345678901234567890123456789012123
- Page 14 and 15: Projeto pedagógico e formação co
- Page 16 and 17: é preciso que o sujeito tenha o co
- Page 18 and 19: temperamento, suas ansiedades diant
- Page 20 and 21: (i) construir o conhecimento;(ii) d
- Page 22 and 23: das relações de disciplinaridade
- Page 24 and 25: A primeira dimensão seria a do dad
- Page 26 and 27: No espaço escolar 7 e acadêmico,
- Page 28 and 29: simultânea e cooperativamente; d)
- Page 30 and 31: No período republicano, esta conce
- Page 32 and 33: cívicas, populares, em jogos espor
- Page 34 and 35: formas de ensinar a história impli
- Page 36 and 37: PRÁTICA PEDAGÓGICA NOENSINO MÉDI
- Page 38 and 39: conseguir o impossível. Porque só
- Page 40 and 41: Entende-se por tendência toda e qu
- Page 42 and 43: 12345678901234567890123456789012123
- Page 44 and 45: possibilidade de se pensar e encami
- Page 46 and 47: Em acordo com esta seqüência de c
- Page 48 and 49: tarde, concidadãos de qualquer mod
- Page 50 and 51: Se a “primeira impressão é a qu
- Page 52 and 53: vésperas do terceiro milênio, o l
- Page 54 and 55: conhecimentos e habilidades para re
- Page 56 and 57: cognitivos, afetivos, atitudinais.
- Page 58 and 59:
dizer ao professor o que ele quer q
- Page 60 and 61:
c)c) Uso de palavras sem sentido pr
- Page 62 and 63:
Em síntese, falamos em comportamen
- Page 64 and 65:
O aluno alcançou 17 pontos nas tr
- Page 66 and 67:
de um ato são inteiramente imprevi
- Page 68 and 69:
e princípios, os quais originam as
- Page 70 and 71:
décimos a menos do estabelecido pa
- Page 72 and 73:
1-1- A partir da Lei de Diretrizes
- Page 74 and 75:
12345678901234567890123456789012123
- Page 76 and 77:
12345678901234567890123456789012123
- Page 78 and 79:
12345678901234567890123456789012123
- Page 80 and 81:
12345678901234567890123456789012123
- Page 82 and 83:
12345678901234567890123456789012123
- Page 84 and 85:
RESUMO1 INTRODUÇÃO2 CONSTATAÇÕE
- Page 86 and 87:
GlossárioAUTÕMATA - incapaz de a
- Page 88 and 89:
ReferênciasBibliográficasAQUINO,