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PESQUISA PRÁTICA PEDAGÓGICA IV

PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA IV - ftc ead

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Pesquisa e PráticaPedagógica <strong>IV</strong>“A avaliação poderia ser compreendida como umacrítica do percurso de uma ação, seja ela curta, sejaprolongada. Enquanto o planejamento dimensiona o que sevai construir, a avaliação subsidia essa construção, porquefundamenta novas decisões. (...) A avaliação será, então, umsistema de crítica do próprio projeto que elaboramos e estamosdesejando levar adiante. (...) um ato amoroso, um ato decuidado, pelo qual todos verificam como estão criando seubebê e como podem trabalhar para que ele cresça.”SÓ NÃO PREVIU QUEM PLANEJOUTania ZaguryNão precisamos de reformas de ensino no Brasil, menos ainda daquelas que alteramapenas nomenclaturas ou que pseudo-adotam o que, de repente, alguém determinou que éa nova “fórmula mágica” de ensinar. Precisamos avaliar o que ocorre nas escolas, ouvindocada professor sobre as dificuldades e as necessidades, para então buscar saná-las.Ninguém fala em outra coisa: o Brasil do século XXI não sabe ler ou não entende oque mal lê. Todos estão pasmos. Menos os professores, posso afirmar, os quais nos últimos30 anos de mudanças na área educacional, lastimavelmente, não foram chamados a dar oseu testemunho, nem lhes ouviram as dúvidas e as certezas. Quem está na frente de batalhateria dito: isso não vai dar certo... Algumas vezes, de fato, as secretarias de Educação e oMEC colhem opiniões dos docentes. Contudo, raramente esses dados essenciais são abase das decisões educacionais. E quem alfabetiza há muito sabe que não se conseguembons resultados com o idealizado construtivismo (adotado no Brasil e já abandonado emmuitos países). Bem que muitos tentaram, mesmo a contragosto. Não lhes foi dadaoportunidade de escolha, em especial no ensino público.Para quem não sabe, o método fônico, que começa a ser apresentado como“novidade”, já se usava antes, quando comecei a lecionar. O professor escolhia a cartilha eensinava a partir do que sabia fazer. Os professores que, da noite para o dia, passaram aalfabetizar nos moldes ideovisuais, preconizados por Emilia Ferreiro, fizeram-nodeterminados a acertar, ainda que não estivessem convictos de que era o melhor para seusalunos. Porque, apesar do tanto que se fala em gestão democrática, os docentes continuamsendo meros executores. Não precisamos de reformas de ensino no Brasil, menos aindadaquelas que alteram apenas nomenclaturas ou que pseudo-adotam o que, de repente,alguém determinou que é a nova “fórmula mágica” de ensinar. Precisamos avaliar o queocorre nas escolas, ouvindo cada professor sobre as dificuldades e as necessidades, paraentão buscar saná-las. Precisamos respeitar quem faz, quem operacionaliza. O melhormétodo é o que funciona. Nossas crianças e nossos jovens precisam de resultados deverdade já.Fomos alfabetizados pelo “be-a-bá” e, coisa estranha, sabemos ler! Aprendi, quandocursava o antigo Ensino Normal (há mais de 30 anos!!!), que a criança aprende do que lheé próximo para o que é distante, do simples para o complexo, do concreto para o abstrato.Por isso, usávamos o método fônico, que atende a essas características. De repente, nosdisseram que o que aprendêramos estava errado... Então, como é que nossos alunosaprendiam? Eu, e milhares de outros professores, já tínhamos alfabetizado tantos, e nossosalunos liam, podem acreditar. Mais: entendiam o que liam. E faziam contas e resolviamproblemas. Só quem esteve todos esses anos em sala de aula sabe o que se sofre tentando36

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