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Ibérica na região de Trás-os-Montes (NE Portugal) - Universidade ...

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CAD. LAB. XEOL. LAXE 26 (2001) O Vulcanismo <strong>na</strong> transição Câmbrico/Ordovícico 133<br />

<strong>de</strong>formação pois a distribuição das lineações<br />

<strong>de</strong> intersecção registadas <strong>na</strong>s formações<br />

abaixo e acima <strong>de</strong>la é distinto, observand<strong>os</strong>e<br />

uma maior dispersão <strong>de</strong>stas abaixo da<br />

discordância, <strong>de</strong>nunciando um dobramento<br />

anterior.<br />

Os vári<strong>os</strong> níveis tufític<strong>os</strong> sugerem a<br />

ocorrência <strong>de</strong> vári<strong>os</strong> episódi<strong>os</strong> vulcânic<strong>os</strong><br />

durante o Ordovícico Inferior. Se a sua<br />

importância relativa for passível <strong>de</strong> correlação<br />

com a espessura d<strong>os</strong> níveis, então <strong>os</strong><br />

primeir<strong>os</strong> event<strong>os</strong> são indubitavelmente <strong>os</strong><br />

mais importantes.<br />

CONCLUSÕES<br />

Em todas as situações observadas, o<br />

televulcanismo foi sempre observado<br />

acima da <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> estratigráfica<br />

que separa o Câmbrico do Ordovícico.<br />

O vulcanismo básico, men<strong>os</strong> notório,<br />

parece ser p<strong>os</strong>terior ao vulcanismo ácido,<br />

pois afecta horizontes conglomerátic<strong>os</strong><br />

acima d<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> níveis <strong>de</strong> tufit<strong>os</strong>.<br />

As observações efectuadas são globalmente<br />

compatíveis com o mo<strong>de</strong>lo prop<strong>os</strong>to<br />

por RIBEIRO et al. (1991) para a evolução<br />

da ZCI, o qual preconiza a formação<br />

e preenchimento <strong>de</strong> um rift intracratónico,<br />

limitado por falhas activas seguido <strong>de</strong> uma<br />

inversão tectónica precoce em transpressão<br />

direita no Proterozóico Superior-<br />

Câmbrico, seguido da compressão Varisca<br />

em transpressão esquerda, perpendicular<br />

ao eixo do f<strong>os</strong>so (responsável quer pelo<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar <strong>de</strong> vulcanismo bimodal, quer<br />

pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> dobras <strong>de</strong> comprimento<br />

<strong>de</strong> onda amplo, sem produção <strong>de</strong><br />

clivagem). Este tectonismo sin<strong>de</strong>p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>l<br />

estaria <strong>na</strong> origem do rejogo <strong>de</strong> falhas,<br />

com movimentações is<strong>os</strong>táticas associadas,<br />

controlando consequentemente a sedimentação.<br />

O quadro estrutural acima referido<br />

explicaria (figura 4):<br />

Figura 4. O tectonismo sin-<strong>de</strong>p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>l associado a um provável rift intracratónico seria o responsável<br />

pelo rejogo <strong>de</strong> falhas com as movimentações is<strong>os</strong>táticas e pelo controle da sedimentação.<br />

(Adaptado <strong>de</strong> HOFFMAN et al., 1974 e SURLYK, 1990).

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