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Ibérica na região de Trás-os-Montes (NE Portugal) - Universidade ...

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CAD. LAB. XEOL. LAXE 26 (2001) Estruturas Filonia<strong>na</strong>s da Serra do Marão 141<br />

com element<strong>os</strong> lític<strong>os</strong> da unida<strong>de</strong> infrajacente<br />

e no vulcanismo bimodal aí observado<br />

(COKE et al., in press).<br />

A primeira fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação varisca<br />

ocorre em regime transpressivo esquerdo<br />

(RIBEIRO et al., 1990; DIAS & RIBEI-<br />

RO, 1994) e po<strong>de</strong> ser caracterizada pela<br />

ocorrência <strong>de</strong> dobras, ligeiramente vergentes<br />

para <strong>NE</strong> com eix<strong>os</strong> a incli<strong>na</strong>r cerca <strong>de</strong><br />

12º para WNW a que se associa uma forte<br />

clivagem <strong>de</strong> plano axial (S 1) <strong>de</strong> direcção<br />

WNW-ESE. As lineações <strong>de</strong> intersecção<br />

estratificação/clivagem primária (S 0/S 1) são<br />

subparalelas ao eixo das dobras e o estiramento<br />

mineral é sub-horizontal, estando<br />

por isso também muito próximo do eixo<br />

das dobras.<br />

As fases subsequentes são nitidamente<br />

men<strong>os</strong> expressivas traduzindo-se geralmente<br />

pela ocorrência em alguns locais <strong>de</strong><br />

uma segunda clivagem ou simplesmente<br />

por crenulações com maior expressão n<strong>os</strong><br />

níveis mais pelític<strong>os</strong>. Este contexto ape<strong>na</strong>s<br />

se modifica no domínio anexo à falha <strong>de</strong><br />

Seixinh<strong>os</strong>. Aqui, verificam<strong>os</strong> que a <strong>de</strong>formação<br />

associada à D 1 se traduz por uma<br />

ligeira ondulação das camadas e por uma<br />

clivagem <strong>de</strong> plano axial muito ténue. A<br />

estas estruturas sobrepõem-se uma fase<br />

mais intensa (D 3 regio<strong>na</strong>l) responsável pelo<br />

dobramento coaxial das estruturas anteriores<br />

(PEREIRA, 1987, RIBEIRO et al.,<br />

1990, COKE et al., 1998) e pela produção<br />

<strong>de</strong> uma clivagem secundária muito intensa.<br />

No que se refere à fracturação foram<br />

i<strong>de</strong>ntificad<strong>os</strong> dois sistemas principais responsáveis<br />

por quatro famílias <strong>de</strong> falhas<br />

(figura 2):<br />

• Falhas normais com uma forte com-<br />

ponente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento direita bem<br />

representadas no intervalo N10º - 20ºW.<br />

• Falhas inversas com uma importante<br />

componente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento esquerda e<br />

direcções entre N70º e 80ºW e,<br />

• Desligament<strong>os</strong> esquerd<strong>os</strong> com a distribuição<br />

das direcções muito concentrada<br />

segundo o intervalo N60º - 70ºW e que<br />

teriam como conjugad<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

• Desligament<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> cujas direcções<br />

mais representativas se distribuem pelo<br />

intervalo N30º - 40ºE.<br />

A movimentação <strong>de</strong>stes aci<strong>de</strong>ntes não<br />

foi sempre a mesma, tendo-se verificando<br />

em alguns <strong>de</strong>les reactivações com cinemática<br />

distinta. É o que se passa com a família<br />

N30º - 40ºE que funcionou inicialmente<br />

como <strong>de</strong>sligamento esquerdo e mais tardiamente<br />

com movimentação normal.<br />

No que respeita às suas ida<strong>de</strong>s, embora<br />

nem sempre seja fácil estabelecer uma cronologia<br />

relativa, as falhas paralelas às<br />

estruturas da primeira fase são indubitavelmente<br />

as mais antigas, pois <strong>na</strong> gran<strong>de</strong><br />

maioria d<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> estas são cortadas por as<br />

falhas <strong>de</strong> direcção <strong>NE</strong>-SW ou N-S.<br />

Dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> campo<br />

Os corp<strong>os</strong> filonian<strong>os</strong> encontrad<strong>os</strong> no<br />

vale da ribeira do Ramalh<strong>os</strong>o são <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza<br />

máfica e amb<strong>os</strong> intruem a Formação<br />

Xistenta. A rocha encaixante é um xisto<br />

cinzento escuro a negro <strong>de</strong> aspecto maciço<br />

e homogéneo.<br />

O corpo A (estampa I, fot<strong>os</strong> 1 e 1a), <strong>de</strong><br />

aspecto geralmente pouco alterado, apresenta<br />

exfoliação em bolas <strong>na</strong>s zo<strong>na</strong>s mais<br />

alteradas, tem uma atitu<strong>de</strong> N63ºW; 40ºS<br />

subparalela à clivagem primária (S 1), uma<br />

espessura <strong>de</strong> 63 cm e um comprimento

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