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2º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero - CNPq

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<strong>2º</strong> PRÊMIO CONSTRUINDO A IGUALDADE DE GÊNERO 9<br />

diferenças salariais entre homens e mulheres, seja por meio <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> lei ou <strong>de</strong> acordos<br />

<strong>de</strong> ajuda mútua. Finalmente, a população <strong>de</strong>ve fazer a sua parte, conscientizando e livrando-se<br />

<strong>de</strong> pensamentos terceiro-mundistas que só acentuam o preconceito. Admitir as mulheres nas<br />

discussões políticas – quem disse que elas não gostam <strong>de</strong> política?- e religiosas são gran<strong>de</strong>s<br />

passos para pôr fim às bobas querelas entre homens e mulheres. Aceitar o homem mo<strong>de</strong>rno,<br />

aquele menos moldado a ser o oposto da mulher, que colabora gran<strong>de</strong>mente nas ativida<strong>de</strong>s<br />

caseiras e cuida dos filhos, é imprescindível na formação <strong>de</strong> uma igualda<strong>de</strong> participativa.<br />

Permanecer indiferente em relação às diferenças é <strong>de</strong>svalorizar os ensinamentos<br />

dos iluministas, da França, que preconizavam a igualda<strong>de</strong> e pregavam o pensamento com<br />

fundamentos na razão. É ignorar o exemplo das operárias da Revolução Socialista, na Rússia,<br />

que protestaram contra a burocracia que lhes privavam <strong>de</strong> direitos primordiais. Talvez não<br />

alcancemos o grau <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> máxima, até porque os seres humanos raciocinam e agem <strong>de</strong><br />

maneira dispare e vivemos sob o julgo <strong>de</strong> um sistema que não valoriza muito o ser humano,<br />

mas o capital, no entanto, po<strong>de</strong>mos alcançar um patamar <strong>de</strong> convivência aceitável, no mínimo<br />

digno, no qual os direitos sejam preservados e a violência ou discriminações <strong>de</strong> qualquer<br />

natureza sejam punidas.<br />

O Brasil po<strong>de</strong> dar um exemplo <strong>de</strong> mudança ao mundo. Urge, enfim, que todos nos unamos<br />

em prol <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocracia verda<strong>de</strong>ira com liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolhas socialmente justas, igualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gênero e fraternida<strong>de</strong> entre povos, sexos e preferências sexuais. Só assim conseguiremos<br />

<strong>de</strong>rrubar as Bastilhas da ignorância e triunfar, com homens e mulheres à postos, trabalhando<br />

com salários justos, amando-se e unindo-se em prol do bem-estar conjunto.<br />

<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Gênero</strong>: Uma evolução mais que necessária<br />

Milena Machado Santa Cruz - Escola Estadual <strong>de</strong> Ensino Fundamental e<br />

Médio Escritor Virginius da Gama e Melo - PB<br />

Durante quase todo o século XX, o sonho das mulheres brasileiras era possuir uma família<br />

estável e feliz, contentando-se, portanto, com a realização profissional <strong>de</strong> seu marido. Todavia,<br />

com o advento do século XXI, surgiu um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> brasileiras. Elas tomaram consciência<br />

<strong>de</strong> que, exceto na anatomia, homens e mulheres são absolutamente iguais, incluindo direitos<br />

e <strong>de</strong>veres. Aos poucos, elas conquistaram espaço, não apenas na socieda<strong>de</strong>, como também<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>stacando-se no empreen<strong>de</strong>dorismo. Contudo, o espaço e as<br />

oportunida<strong>de</strong>s oferecidos às mulheres no referido mercado ainda são pequenos diante da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> motivação para empreen<strong>de</strong>r e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança. Conquistar espaço<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, única e exclusivamente, do esforço, da competência e, especialmente, do empenho<br />

da mulher.<br />

Quão difícil é falar <strong>de</strong> direitos femininos quando tivemos uma seqüência histórica <strong>de</strong><br />

homens no po<strong>de</strong>r em relação a tão poucas mulheres, notadamente na Ida<strong>de</strong> Média, que foi<br />

caracterizada como “século dos homens”, <strong>de</strong>vido à participação masculina na socieda<strong>de</strong> ter sido<br />

incomparavelmente superior à feminina. Nesse período, a mulher foi totalmente subordinada<br />

aos caprichos <strong>de</strong> seu marido e <strong>de</strong> seu pai. Mas, se o século XVIII foi dos homens, e, <strong>de</strong>sse<br />

período até agora, nós, mulheres, conquistamos certo espaço na socieda<strong>de</strong> e em alguns setores<br />

nos sobressaímos em relação ao que eles fazem, por que não po<strong>de</strong>mos chamar o século XXI do<br />

“século da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero”?<br />

Convém lembrar que, ainda com um razoável número <strong>de</strong> mulheres no po<strong>de</strong>r, nossa<br />

socieda<strong>de</strong> é dominada por homens. Porém, diante <strong>de</strong> nosso progresso, essa visão irá mudar. Os<br />

homens enfrentam, na atual conjuntura, uma concorrência que antes não existia no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho: as mulheres. Com a força que elas entraram no mercado, preencheu um espaço<br />

antes ocupado somente por homens e equipararam-se à força trabalhista masculina. Isso<br />

se comprova no atual cenário político nacional em que quatro mulheres ocuparão ca<strong>de</strong>iras<br />

no Senado; quarenta e oito, na Câmara dos Deputados Fe<strong>de</strong>rais e, cento e vinte e oito na<br />

Câmara Estadual, como também, três estados – Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e

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