13.04.2013 Views

1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp

1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp

1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL E INSERÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO<br />

Maria Eliza de Sales Amaral Siqueira 1<br />

Fernanda Terra Stori 2<br />

7.1 Introdução<br />

Nunca se falou tanto sobre as questões ambientais como nos dias atuais: mudanças<br />

climáticas, desertificação e degradação <strong>do</strong>s solos agricultáveis, extinção das espécies e<br />

perda da biodiversidade, destruição da camada de ozônio, superpopulação mundial urbana,<br />

baixa qualidade da moradia, escassez, mau uso, ausência de saneamento básico,<br />

poluição das águas e destinação <strong>do</strong> lixo; são apenas alguns fatos que estão fazen<strong>do</strong> a "sociedade<br />

globalizada", despertar para os problemas causa<strong>do</strong>s pela má administração <strong>do</strong>s<br />

recursos naturais.<br />

Hoje em dia, discute-se que a sustentabilidade planetária deve estar vinculada à promoção<br />

de uma gestão participativa e descentralizada <strong>do</strong>s recursos naturais, considera<strong>do</strong>s<br />

pela nossa Constituição Federal de 1988 (Art. 225) como bens de uso comum <strong>do</strong> povo.<br />

Afinal de contas, se os recursos são de to<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s usam e ninguém paga seus custos<br />

ambientais? Atualmente, o uso <strong>do</strong>s recursos naturais tende a incluir os custos internos<br />

de produção como meio de considerar as externalidades geradas nesse sistema, como os<br />

danos ambientais: custos de reparação, perdas salariais, <strong>do</strong>enças decorrentes <strong>do</strong> impacto<br />

de acidentes. Estas externalidades geram conflitos econômicos, sociais e ecológicos, ou<br />

seja, geram a tão comentada "privatização <strong>do</strong>s lucros e socialização <strong>do</strong>s prejuízos".<br />

Políticas recentes buscam estratégias de gestão de mo<strong>do</strong> a incorporar as externalidades<br />

<strong>do</strong> uso comum <strong>do</strong>s recursos naturais, como por exemplo, a Política Nacional de<br />

Recursos Hídricos (Lei n o 9.433 de 1997), que instituiu a cobrança pelo uso da água e<br />

estabeleceu que a gestão deste recurso deve ser feita no âmbito <strong>do</strong>s Comitês de Bacias<br />

Hidrográficas.<br />

De acor<strong>do</strong> com Fenny et al. (2001), a administração compartilhada <strong>do</strong>s recursos naturais,<br />

ou seja, a regulação estatal com o automanejo pelos usuários é uma opção viável de<br />

planejamento local, democracia de base e participação pública na gestão <strong>do</strong>s bens de uso<br />

comum <strong>do</strong> povo. A Educação Ambiental torna-se, portanto, uma estratégia de educação<br />

para a cidadania, estimulan<strong>do</strong> a participação social em prol da promoção da qualidade<br />

ambiental em um território.<br />

1 Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Projeto "Manchas Orfãs", na Baixada Santista<br />

2 Doutoranda <strong>do</strong> Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal<br />

de São Carlos (UFSCar).<br />

132

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!