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1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp

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2.4. ESTUÁRIOS E MANGUEZAIS<br />

faixas densas de espécies fixas (sésseis). A diversidade <strong>do</strong>s organismos em um costão<br />

rochoso está relacionada às adaptações que possuem para superar as condições ambientais<br />

adversas, particularmente aquelas que potencializam sua resistência à dessecação,<br />

uma característica crucial para a colonização das zonas supra e mesolitoral.<br />

As macroalgas, por exemplo, mostram uma estratificação vertical (zonação), geralmente<br />

bem nítida em costões rochosos a partir <strong>do</strong> mesolitoral inferior, e em to<strong>do</strong> o infralitoral.<br />

Suas espécies são classificadas de acor<strong>do</strong> com o pigmento que pre<strong>do</strong>mina em suas<br />

células, compon<strong>do</strong> três divisões: 1) Chlorophyta, naquelas com pigmento verde (clorofila);<br />

2) Phaeophyta, com pigmento par<strong>do</strong>/marrom (fucoxantina); e 3) Rho<strong>do</strong>phyta, com<br />

pigmento vermelho (ficoeritrina). A distribuição das macroalgas em estratos ocorre em<br />

função da penetração <strong>do</strong>s raios solares na coluna d’água, potencializan<strong>do</strong> a capacidade<br />

fotossintética segun<strong>do</strong> o pigmento preponderante. Assim, o estrato de algas verdes [p.<br />

ex., Ulva spp., Caulerpa racemosa (Forsskål) e Cla<strong>do</strong>phora sp.] geralmente ocorre em posição<br />

superior ao das algas pardas (p. ex., Sargassum sp., Padina sp. e Dictyopteris sp.),<br />

seguidas pelas algas vermelhas [p. ex., Galaxaura marginata (Ellis & Solander), Porphira<br />

sp. e Laurencia sp.], as quais ocupam o estrato mais inferior e profun<strong>do</strong> <strong>do</strong> infralitoral<br />

rochoso.<br />

A Zona Supralitoral compreende o limite inferior de distribuição da vegetação terrestre,<br />

onde ocorrem os liquens e plantas vasculares (p. ex., bromeliáceas e cactáceas),<br />

bem como o limite superior das cracas <strong>do</strong> gênero Chthamalus e/ou de gastrópo<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

gênero Littorina. A Zona Mesolitoral tem seu limite superior marca<strong>do</strong> pela presença de<br />

cracas <strong>do</strong> gênero Chthamalus, e o inferior pelas algas pardas, como o Sargassum sp. Ali<br />

também podem ocorrer aglomera<strong>do</strong>s arenosos construí<strong>do</strong>s por poliquetos sabelarídeos<br />

(Phragmatopoma sp.), além de outras espécies de cracas (gêneros Tetraclita e Balanus) e<br />

bivalves (gêneros Brachi<strong>do</strong>ntes e Mytilus). Os animais errantes podem migrar durante<br />

a maré baixa para o limite inferior desta zona, entre os quais se destacam: o ermitão<br />

Calcinus tibicen (HERBST, 1791) e os caranguejos Eriphia gonagra (FABRICIUS , 1781), Menippe<br />

nodifrons STIMPSON, 1859 e Pachygrapsus transversus (GIBBES, 1850). A partir da<br />

Zona Infralitoral são encontradas as anêmonas-vermelhas (Buno<strong>do</strong>soma caissarum COR-<br />

RÊA, 1964; as estrelas-vermelhas Echinaster brasiliensis MÜLLER & TROSCHEL, 1840; e<br />

os ouriços-verdes, Lytechinus variegatus (LAMARCK, 1816). Os ouriços-pretos Echinometra<br />

lucunter (LINNAEUS, 1758), também são encontra<strong>do</strong>s com freqüência em locas (buracos)<br />

que escavam nas rochas. Na porção inferior <strong>do</strong> infralitoral, na interface rocha-sedimento,<br />

ocorrem os pepinos-<strong>do</strong>-mar Holothuria grisea SELENKA, 1867.<br />

2.4 Estuários e Manguezais<br />

Denomina-se estuário a área de transição entre o ambiente de água <strong>do</strong>ce e o marinho,<br />

onde ocorre mistura de massas d’água de densidades diferentes, geran<strong>do</strong> um ambiente<br />

marca<strong>do</strong> por grande variação <strong>do</strong>s parâmetros físico-químicos. Os estuários são <strong>do</strong>mina-<br />

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