1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp
1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp
1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
CAPÍTULO 8. O ECOTURISMO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL<br />
1) O turismo, atividade geralmente associada ao repouso, à diversão, ao desporto, ao<br />
acesso à cultura e à natureza, deve ser concebi<strong>do</strong> e pratica<strong>do</strong> como meio privilegia<strong>do</strong><br />
de desenvolvimento individual e coletivo. Pratica<strong>do</strong> com a necessária abertura<br />
de espírito, constitui-se em um fator insubstituível de auto-educação, de tolerância<br />
mútua e de aprendizagem das diferenças legítimas entre povos e culturas, e sua<br />
diversidade;<br />
2) É dever de to<strong>do</strong>s os agentes envolvi<strong>do</strong>s no desenvolvimento turístico salvaguardar<br />
o ambiente e os recursos naturais, na perspectiva de um crescimento econômico<br />
sadio, contínuo e sustentável, capaz de satisfazer eqüitativamente as necessidades<br />
e as aspirações das gerações presentes e futuras;<br />
3) O turismo de natureza e o Ecoturismo são reconheci<strong>do</strong>s como formas de turismo<br />
especialmente enriquece<strong>do</strong>ras e valoriza<strong>do</strong>ras, sempre que respeitem o patrimônio<br />
natural, as populações locais e se ajustem à capacidade de carga <strong>do</strong>s locais turísticos;<br />
4) A atividade turística deve ser concebida de forma a permitir a sobrevivência e o<br />
desenvolvimento de produções culturais e artesanais tradicionais, bem como <strong>do</strong><br />
folclore, e que não provoque a sua padronização e empobrecimento, e,<br />
5) Uma particular atenção deve ser dada aos problemas específicos das Zonas Costeiras<br />
e aos territórios insulares, bem como às zonas rurais e serranas, frágeis, onde<br />
o turismo representa, muitas vezes, uma das raras oportunidades de desenvolvimento<br />
face ao declínio das tradicionais atividades econômicas.<br />
No âmbito da Baixada Santista, sugere-se que o turismo seja planeja<strong>do</strong> de forma a se<br />
adequar às atividades sócio-econômicas e conciliar a conservação <strong>do</strong>s recursos naturais<br />
marinho-costeiros às previsões de crescimento deste setor. Deste mo<strong>do</strong>, o Ecoturismo,<br />
desde que pratica<strong>do</strong> dentro da capacidade de suporte de cada localidade, pode sinalizar<br />
para uma nova forma de utilizar os bens e serviços ofereci<strong>do</strong>s pelos ecossistemas costeiros,<br />
bem como de valorizar a cultura e o contexto histórico destas localidades, atuan<strong>do</strong><br />
como uma importante estratégia de Educação Ambiental.<br />
8.4 O Ecoturismo como Estratégia de Educação Ambiental<br />
Percebemos que a cada dia que passa o ser humano busca o retorno ao “paraíso perdi<strong>do</strong>”.<br />
Neste senti<strong>do</strong>, Unidades de Conservação, instituídas pela Lei n o 9.985/00, têm<br />
si<strong>do</strong> amplamente utilizadas como espaço ao Ecoturismo, de forma a conciliar o uso sustentável<br />
<strong>do</strong>s recursos naturais com a preservação da biodiversidade. Lembramos que o<br />
Ecoturismo deve ter como princípios orienta<strong>do</strong>res a informação e interpretação ambiental,<br />
o envolvimento e reversão de benefícios para a comunidade local, e a conservação<br />
<strong>do</strong>s bens naturais e culturais.<br />
149