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1 - Câmpus Experimental do Litoral Paulista - Unesp

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CAPÍTULO 8. O ECOTURISMO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL<br />

Geral da União prevê investimentos de aproximadamente R$ 984 milhões na promoção<br />

interna/externa e R$ 5,6 bilhões em infra-estrutura, prometen<strong>do</strong> reduzir as desigualdades<br />

regionais através da geração de emprego e renda.<br />

Apesar de estimular a prática <strong>do</strong> Ecoturismo, o Ministério <strong>do</strong> Turismo ainda possui<br />

uma visão desenvolvimentista a respeito <strong>do</strong> turismo de mo<strong>do</strong> geral, consideran<strong>do</strong> que<br />

este “se constitui em um importante setor para alavancar o crescimento econômico, como<br />

atividade considerada capaz de traduzir a imensa riqueza natural, étnica e cultural <strong>do</strong><br />

Brasil, bem como pela capacidade empreende<strong>do</strong>ra de um efetivo instrumento de geração<br />

de emprego e renda, o qual contribui para melhoria da qualidade de vida e inclusão<br />

social” (EMBRATUR, 2005).<br />

Embora a forte expansão <strong>do</strong> turismo seja vista com otimismo, os impactos sociais,<br />

culturais e ecológicos necessitam ser planeja<strong>do</strong>s através de políticas adequadas de desenvolvimento.<br />

“Não pode haver justificativa para a dilapidação irremediável <strong>do</strong>s locais<br />

turísticos, para a sobreexplotação <strong>do</strong>s recursos naturais, para a redução da biodiversidade,<br />

para a deteriorização <strong>do</strong>s monumentos históricos, para a incontrolável exploração<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, para o declínio da produção cultural e artesanal, para o enfraquecimento<br />

<strong>do</strong>s valores morais e para a exploração infantil” (United Nations World Tourism<br />

Organization, 2006).<br />

A massificação <strong>do</strong> turismo leva à extrapolação <strong>do</strong>s limites de capacidade de suporte<br />

<strong>do</strong> território visita<strong>do</strong>. Pires (2002) elenca um conjunto de fatos gera<strong>do</strong>s pela massificação<br />

<strong>do</strong> turismo: Expropriação e ocupação violenta <strong>do</strong> território por parte das forças e agentes<br />

turísticos; Especulação imobiliária e da terra; Expulsão e marginalização das populações<br />

locais; Ruptura <strong>do</strong>s valores culturais e desequilíbrio da economia local; Degradação de<br />

culturas tradicionais; Manipulação da memória e da herança coletiva; Violação de lugares<br />

sagra<strong>do</strong>s; Segregação étnica; Formação de “guetos” turísticos; Desvios de comportamento<br />

e prostituição de mulheres/a<strong>do</strong>lescentes; Comportamento grosseiro e insensível<br />

de turistas nos destinos estrangeiros; Poluição e destruição <strong>do</strong> meio natural; Imperialismo<br />

econômico de corporações transnacionais; neo-colonialismo; e evasão das divisas para o<br />

exterior.<br />

O turismo na Zona Costeira foi cita<strong>do</strong> pela UNESCO (1997) dentre as seis necessidades<br />

prioritárias a serem administradas pelo programa “Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

em Regiões Costeiras e em Pequenas Ilhas”.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, o relatório “O Brasil e o Mar no Século XXI”, da Comissão Nacional<br />

Independente sobre os Oceanos (1998), aponta que a intensificação <strong>do</strong> turismo de massa<br />

na Zona Costeira acarreta em efeitos sociais negativos, tais como: a escassez de moradias<br />

e a especulação imobiliária; a elevação <strong>do</strong>s preços de bens de consumo; restrições de<br />

acesso a praias e locais de lazer; bem como, prejuízos econômicos a comunidades de pesca<strong>do</strong>res<br />

ou extrativistas que dependam da exploração <strong>do</strong>s recursos naturais para o seu<br />

sustento. Ainda, de acor<strong>do</strong> esse relatório, os impactos mais evidentes sobre o meio ambiente<br />

provoca<strong>do</strong>s pela ocupação excessivamente rápida e desordenada da Zona Costeira,<br />

são: a destruição de ecossistemas, desmatamentos e ameaças à biodiversidade terrestre<br />

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