Em Busca da Cidadania - 1 - Merlinton Braff

as necessidades do País. Já que a principal ocupação popular era a agricultura, e essa
atividade era sazonal devido às enchentes dos vales férteis, que eram pontuais, o
Governo armazenava a sua parte da produção e com ela sustentava a população
ocupada, durante os períodos de entressafra.
Atualmente com a globalização, é impossível manter uma nação na
marginalidade do primitivismo. Com o desenvolvimento da automação da produção, a
máquina está substituindo a mão de obra humana. Não é justo o povo ficar cada vez
mais pobre enquanto o País e as multinacionais ficam cada vez mais ricos.
Compreendendo que a compensação pelo aumento do desemprego motivado
pelo incremento da produtividade tanto nas empresas públicas quanto nas de iniciativa
privada, pode ser uma competência governamental, um fundo específico deve ser
mantido ainda que por encargos tributários.
A contribuição da parte das empresas para a Previdência deveria ser deduzida do
faturamento e não da folha de pagamentos salariais, para não eximir, de encargos com a
Previdência, as empresas que substituem a mão-de-obra por recursos tecnológicos.
Nós somos animais sociais, e como tais, solidários, possibilitando que todos se
beneficiem parcialmente do talento de cada um. A civilização requer que a ciência, a
tecnologia, a arte, a cultura em geral beneficiem não apenas um ou outro inventor, mas
a comunidade. Um inventor bem sucedido merece estímulos e compensações, mas não
se admite o direito de explorar a humanidade com extorsão, tal qual chantagem, como
os cientistas loucos da ‘ficção', que procuram inventar algo que aterrorize a humanidade
para melhor dominá-la.
É justo que os impostos incidentes sobre a indústria amparem o segurodesemprego.
Salvo em alguns detalhes, estas idéias não são minhas. Da minha parte, abro mão
da autoria, mas espero que aqueles que a viabilizarem não se vangloriem.
Aposentadoria Ativa
Não estou interessado em demonstrar a minha erudição em legislação
trabalhista, muito menos a minha ignorância a esse respeito. Desejo apenas oferecer
sugestões que sirvam para considerações democráticas ou para cobrança dos
responsáveis pela nossa legislação e cumprimento da mesma.
A primeira questão é: O Brasil pode dar-se o luxo de desperdiçar a sua melhor
quarta parte da força contributiva e produtiva?
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