Em Busca da Cidadania - 1 - Merlinton Braff

INTRODUÇÃO
As diversas nações cotejam-se atualmente pelas vias da globalização. Elas
apresentam contrastes de diversos tipos: um povo exibe incríveis disparidades de poder
aquisitivo na sua composição social, com grande prosperidade de alguns indivíduos
enquanto a maioria sobrevive na marginalidade da miséria; outro povo apresenta
razoável uniformidade na distribuição de renda, mas quase não há prosperidade; existe
povo próspero que também tem os seus mendigos — voto de pobreza? Acredito que
mesmo entre os povos afortunados exista quem cultive a ‘ideologia da mendicância', são
aqueles que exigem o amor do próximo, porém são egoístas ou não entendem de
reciprocidade, já que preferem uma vida miserável a produzir algo em benefício alheio.
Mas entre os povos prósperos e evolucionais a população geral se enquadra no sistema
de capitalismo democrático e abomina a anarquia e a barbaria. A comunidade funciona
como uma grande cooperativa. Os engajados na sociedade participativa assumem a
cidadania com os respectivos direitos e obrigações, onde cada um deseja integrar-se
ativa e solidariamente ao invés de excluir-se e marginalizar-se.
Feliz é o país em que cada cidadão pretende participar na construção, na produção, no
consumo, no desfrute, e nas vantagens conquistadas pela Ciência. O cidadão é patriota,
produtivo e contribuinte do erário. Por isso tem o direito de ser atendido com saúde, educação,
consumo, conforto, lazer, comunicação, esporte, cultura, organização e segurança. Esses
benefícios são a contrapartida pela sua participação e contribuição. Tanto os produtores de
mercadorias como os operários, os funcionários, consultores, os clientes, etc. são todos
contribuintes de diversos impostos e taxas. A solidariedade de quem pode contribuir leva-o a
concordar com a extensão dos seus direitos aos que não têm capacidade contributiva, a menos
que estejam empregando suas habilidades em prejuízo da sociedade.
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