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Em Busca da Cidadania - 1 - Merlinton Braff

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Ci<strong>da</strong>dão e Semelhante<br />

A comuni<strong>da</strong>de depende de organização para harmonizar e otimizar as diversas<br />

ativi<strong>da</strong>des, no sentido de conjugar esforços e interesses visando alcançar os melhores<br />

objetivos para satisfação pública.<br />

A estrutura dessa organização tem uma complexi<strong>da</strong>de proporcional à fase<br />

evolutiva <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de, portanto está sempre sofrendo alterações, ajustes e<br />

acréscimos. Os aditamentos necessários podem surgir de simples críticas ou opiniões<br />

despretensiosas como a que segue.<br />

Numa ci<strong>da</strong>de ideal o ci<strong>da</strong>dão é um típico ser humano, companheiro, parceiro e<br />

amigo dos demais componentes ativos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de. O relacionamento social e<br />

comercial viabiliza as diversas especializações ensejando o aprimoramento funcional de<br />

ca<strong>da</strong> indivíduo para benefício de todos com a eleva<strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um.<br />

Naturalmente o ci<strong>da</strong>dão que faz jus ao benefício <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

especialização diversifica<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, é o que tem obrigações como participante na<br />

produção geral, para ter direito a um bom padrão de consumo.<br />

A porção de merecimento às regalias de ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão seria muito difícil de<br />

estabelecer sem o artifício <strong>da</strong> remuneração pecuniária. Individualmente, o melhor<br />

destino dos recursos amealhados é assunto <strong>da</strong> competência de quem faz jus. Quem se<br />

esforçou para ganhar, merece fazer bom uso e proveito. Só o necessitado sente a sua<br />

necessi<strong>da</strong>de para saber como mitigá-la e com isso sentir-se compensado.<br />

Numa socie<strong>da</strong>de assim não há lugar para os preguiçosos e para os inimigos<br />

públicos. Teoricamente os aventureiros tolerados não prejudicam os semelhantes nem o<br />

patrimônio. A tolerância fun<strong>da</strong>menta-se na esperança de que os ‘artistas' sejam como<br />

pesquisadores à procura de novas descobertas tecnológicas e conceituais para o<br />

enriquecimento cultural, intelectual e <strong>da</strong>s diversas quali<strong>da</strong>des de alegria, satisfação,<br />

afirmação e consentimento.<br />

O semelhante aqui referido parece ci<strong>da</strong>dão, mas não é. É um dos próximos,<br />

porém não podemos considerá-lo ci<strong>da</strong>dão, porque ele não merece os plenos direitos <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia já que não tem as obrigações recíprocas. Alguns assemelhados a ci<strong>da</strong>dão são<br />

seres humanos dignos de compaixão, outros não merecem nem a pie<strong>da</strong>de e nem o asco.<br />

A socie<strong>da</strong>de deve conceder-lhes um mínimo de atendimento para que não causem a<br />

degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> digni<strong>da</strong>de dos ci<strong>da</strong>dãos, já que muitos mendigos talvez dispensem ou<br />

rejeitem a digni<strong>da</strong>de própria por falta de orgulho e amor-próprio ou mesmo por um<br />

egoísmo tão concentrado que prefiram viver improdutivos na miséria a produzir algo<br />

que possa ser desfrutado por outrem. Existem ain<strong>da</strong> os semelhantes que devem ser<br />

reprimidos porque manifestam a vocação, para a nocivi<strong>da</strong>de, para a periculosi<strong>da</strong>de, para<br />

o ódio. Como pre<strong>da</strong>dores dos humanos não fazem jus aos ‘direitos humanos'.<br />

<strong>Em</strong> <strong>Busca</strong> <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia - 79

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