Em Busca da Cidadania - 1 - Merlinton Braff
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devem ser considera<strong>da</strong>s como se fossem de ficção, pois a intenção é a mera ilustração de<br />
um raciocínio.<br />
Muitos bandidos invejosos, inconformados com a prosperi<strong>da</strong>de dos<br />
empreendedores de negócios — que são os industriais, os comerciantes e outros<br />
pagadores de impostos — os invejosos organizaram-se para tirar-lhes a liber<strong>da</strong>de para<br />
depois de muita tortura desnecessária, oferecê-la em troca de grande soma monetária.<br />
Isso é mais sofisticado do que a prática do canibalismo, mas igualmente repugnante.<br />
Para variar, esses pre<strong>da</strong>dores entraram no ‘serviço' em escala varejista e começaram a<br />
‘prender' pessoas comuns do povo e assassinar aqueles que forem ‘julgados' de pouco<br />
valor. Como se o povo (que para alguns bons políticos, é a origem de onde emana o<br />
poder) fosse o campo de caça, onde os ladrões se servem à vontade. O modo de agir do<br />
bandido em seus relacionamentos com as pessoas de bem, geralmente está<br />
absolutamente fora dos padrões humanos, está muito primitivo e animalesco.<br />
Muitos já fizeram movimentos de rebeldia em grandes presídios com incêndios e<br />
assassinatos, para chamar a atenção dos ‘defensores dos direitos humanos' tentando<br />
envolver a mídia em protestos contra a superlotação. Os que queimaram seus próprios<br />
colchões, deviam ganhar então uma esteira à prova de fogo para durar o tempo previsto<br />
para aquele colchão que foi queimado. Se bem que a superlotação não deixa de ser uma<br />
falta de investimento que não se contorna com racionamento. Nos EUA, onde existe<br />
pena de morte, o sistema carcerário comporta 1% <strong>da</strong> população, sem as manhas de 1/3<br />
ou 1/6 <strong>da</strong> pena. Não sei qual é a percentagem de brasileiros ‘amigos do alheio' e inimigos<br />
do ‘próximo', portanto candi<strong>da</strong>tos à prisão, para dimensionar a ampliação do<br />
‘atendimento', mas um por cento <strong>da</strong> população de Dourados, para sustentar alguns<br />
anos, já representa algo em torno de duas mil vagas, sem levar em conta o atendimento<br />
dos municípios vizinhos.<br />
O presídio de Dourados foi projetado para abrigar uma quarta parte <strong>da</strong><br />
necessi<strong>da</strong>de local. Claro que faltam presídios, mas os que cumprem pena deviam saber<br />
que eles é que estão sobrando.<br />
Agora surge o crime organizado, querendo mostrar quem é que man<strong>da</strong>. Como<br />
demonstração de força, matam até os chefes do Poder Executivo. Coman<strong>da</strong>m os de<br />
dentro e os de fora, com telefone celular. Se os parentes e visitantes aproveitam os<br />
encontros para passar-lhes drogas, armas, telefones, etc., por que adoçar suas penas com<br />
as visitas? Direitos iguais para os ci<strong>da</strong>dãos? Precisamos rever quem merece ser<br />
considerado ci<strong>da</strong>dão! Os direitos dos condenados devem passar por uma severa<br />
discussão interna, sem clonar sistemas adotados em países em que o crime está sob<br />
controle.<br />
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