Em Busca da Cidadania - 1 - Merlinton Braff

iniciais para que uma árvore frutifique e, de outro modo o trato a pão-de-ló em cocheira
do potro fidalgo, sem a exigência dos exercícios que lhe tornariam um campeão. Melhor
explicando: não se deve confundir apoio e orientação com assistencialismo privilegiado.
O resultado pode não corresponder ao investimento.
Sempre que um cidadão se revela exímio artista, ao se apresentar com sucesso, os
jovens e as crianças colocam-no em seu imaginário como objetivo a ser almejado, mas
nem sempre os ‘modelos' colocados no ‘imaginário público' pela mídia são os
preferíveis. Por falta de melhor opção muitos jovens seguem os maus exemplos.
Na Sociedade existe uma competição de poderosas forças de influência: na moda,
nos costumes, na expectativa de realização profissional, nos rumos da cultura. Quando
as forças benignas dormem, as malignas avançam. Já é notável a porcentagem de
juventude desencaminhada entre nós. Existem boas iniciativas de motivação em prol da
cidadania e da civilidade, mas seriam suficientes? O zelo pela moral e os bons costumes
não pode ser atributo e monopólio das religiões. Interessa a toda a comunidade. Deveria
haver um cadastramento dos desinteressados para estudá-los e prevenir a Sociedade dos
descami-nhos.
Agora espero que o Governo (federal, estadual e municipal), os clubes de serviço,
as universidades, as igrejas, os militares, todos os setores influentes disponham de
ânimo, sabedoria e recursos a fim de atrair o nosso povo para um futuro melhor, onde
não haja lugar para o crime e para a degradação dos bons costumes. Em vez de depositar
os menores em internatos ‘corretivos', que tendem a se tornar clandestinamente escolas
do crime, existem melhores alternativas como incrementação de estabelecimentos para
o ensino das profissões e das artes, oficinas de aprendizado dos ofícios, parlamentos de
pesquisa de opinião, discussão e sugestões, formação de grupos culturais, Escotismo,
Guarda Mirim, Arte (bem melhor do que quadrilhas para o crime organizado). É claro
que as casas e os sítios correcionais são inevitáveis, mas poderão ficar mais ociosas no
futuro se os atuais candidatos a prisioneiros bandearem-se para o nosso lado, adotando
uma profissão decente.
O Bicho Homem
Convencionalmente existem atribuições de tarefas masculinas e tarefas
femininas. Devem ser vestígios da idade da pedra lascada, quando os humanos
passavam quase todo o tempo de que dispunham ocupados com os problemas
alimentares. Então os homens caçavam enquanto as mulheres cuidavam dos serviços
domésticos, da moradia, do conforto e zelavam pelos filhos.
A especialização dos caçadores exigia deles um ‘instinto' feroz, como condição de
competência na captura e abate das presas. A seleção natural, como sempre, melhor
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