14.04.2013 Views

Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

quilo que vemos, lemos e ouvimos a partir dos recursos didáticos escolares “tocam”<br />

e “marcam” os sujeitos da <strong>educação</strong>. Portanto, “[...] é preciso questio<strong>na</strong>r sempre não<br />

ape<strong>na</strong>s o que ensi<strong>na</strong>mos, mas o modo como ensi<strong>na</strong>mos e os sentidos que os/as nossos/as<br />

alunos/as dão ao que eles aprendem” (ibid.: 7).<br />

Os métodos e os artefatos escolares, as linguagens envolvidas nos processos<br />

de comunicação, as atitudes pessoais diante do que é dito e do que não é dito <strong>na</strong><br />

escola, tudo isso nos constitui: meni<strong>na</strong>s e meninos, mulheres e homens, negros,<br />

brancas, indíge<strong>na</strong>s, gays, heterossexuais, negras, lésbicas... Essa construção das identidades<br />

culturais é um processo permanente, articulado por inúmeras instâncias sociais<br />

(entre elas a Escola) que realizam pedagogias da <strong>sexual</strong>idade, do gênero e das<br />

relações étnico-raciais. Essas pedagogias podem tanto reiterar as identidades e as<br />

práticas hegemônicas, quanto podem permitir a visibilidade e a disponibilidade de<br />

representações contrárias e/ou alter<strong>na</strong>tivas.<br />

É importante compreender que os sujeitos não participam desses processos<br />

de produção “[...] como meros receptores, atingidos por instâncias exter<strong>na</strong>s e manipulados<br />

por estratégias alheias [...] Os sujeitos estão implicados e são participantes<br />

ativos <strong>na</strong> construção de suas identidades” (id., 000b: ).<br />

Na escola e <strong>na</strong> vida social, há pessoas que simples e ingenuamente aderem<br />

à eficiência do marketing identitário hegemônico ou às pressões normativas que<br />

impõem os padrões, as práticas e os sujeitos ditos “normais”. No entanto, parece<br />

evidente que muitas pessoas resistem às imposições e às implicações das hegemonias,<br />

reagem ao caráter limitado dos padrões normativos, explicitam a pluralidade,<br />

subvertem as regras, “escapam” do controle e da regulação. Que ótimo que conseguimos<br />

escapar! Parece-me uma boa forma de a Educação, a Escola e a Sociedade<br />

tor<strong>na</strong>rem-se menos sexistas, menos racistas e menos homofóbicas.<br />

Referências<br />

BOCK, A<strong>na</strong> Mercês Bahia. Orientação <strong>sexual</strong>: um avanço <strong>na</strong> regulamentação<br />

da psicologia. Jor<strong>na</strong>l da Rede Feminista de Saúde, n. 4, p. 7- , dez. 00 .<br />

Disponível em: .<br />

Acesso em 4 nov. 00 .<br />

321

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!