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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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de identidades LGBT estreita, seja para um transplante pouco reflexivo da teoria<br />

queer. Entre outras coisas, o autor observa o silenciamento dos temas relacio<strong>na</strong>dos<br />

à <strong>sexual</strong>idade em seus tempos de escola. Temas associados à <strong>sexual</strong>idade, deixados<br />

para as conversas de corredor ou, no máximo, tocados em aulas de biologia, não<br />

tinham vínculo com a vida. As eventuais aulas de <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong>, à sombra da propagação<br />

da Aids, não contribuíam para o entendimento da <strong>sexual</strong>idade como parte<br />

da formação afetiva e política. A criação de espaço para a escuta teria pelo menos<br />

ajudado a redimensio<strong>na</strong>r a sensação de isolamento.<br />

Em Educação e homofobia: o reconhecimento da diversidade <strong>sexual</strong> para além do<br />

multiculturalismo liberal, Rogério Diniz Junqueira reflete sobre as potencialidades da<br />

diversidade <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> formação educacio<strong>na</strong>l. Preconiza a problematização da homofobia<br />

<strong>na</strong> escola como meio de proporcio<strong>na</strong>r <strong>educação</strong> de qualidade. Após discutir<br />

o conceito de homofobia e observar seus vínculos com a heteronormatividade e<br />

outros fenômenos discrimi<strong>na</strong>tórios, a<strong>na</strong>lisa estratégias de “negação” adotadas pelos<br />

interessados em se eximirem do enfrentamento da homofobia <strong>na</strong>s escolas e aponta<br />

equívocos <strong>na</strong> polarização entre universalismo e relativismo cultural. A partir de uma<br />

perspectiva construcionista, faz restrições às “políticas de identidade”, ao multiculturalismo<br />

liberal, aos postulados essencialistas, binários e “politicamente corretos”<br />

produtores de inclusão periférica, sempre vinculada a lógicas de domesticação, normalização<br />

e de subalternização. Considera indispensáveis para um novo modelo de<br />

cidadania: o reconhecimento da diversidade <strong>sexual</strong> a partir da ética democrática e<br />

dos direitos humanos e a desestabilização do sexismo, da heteronormatividade e do<br />

“<strong>na</strong>rcisismo das peque<strong>na</strong>s diferenças”.<br />

42<br />

Referências<br />

ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia; SILVA, Lore<strong>na</strong> Ber<strong>na</strong>dete da.<br />

Juventudes e <strong>sexual</strong>idade. Brasília: <strong>Unesco</strong>, 004.<br />

ABRAMOWICZ, Anete. A meni<strong>na</strong> repetente. Campi<strong>na</strong>s: Papirus, 99 .<br />

ALMEIDA, Gláucia Eliane Silva de. Da invisibilidade à vulnerabilidade: percursos<br />

do “corpo lésbico” <strong>na</strong> ce<strong>na</strong> brasileira face à possibilidade de infecção por DST e<br />

Aids. [Doutorado em Saúde Coletiva]. Rio de Janeiro: IMS/Uerj, 00 .<br />

ALMEIDA, Miguel Vale. Senhores de si: uma representação antropológica da<br />

masculinidade. Lisboa: Fim de Século, 99 .

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