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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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Em Ce<strong>na</strong>s de exclusões anunciadas: travestis, transexuais, transgêneros e a escola<br />

brasileira, Wiliam Siqueira Peres discute, a partir de suas pesquisas sobre processos<br />

de subjetivação, o papel cumprido pela escola <strong>na</strong> promoção da inclusão e da exclusão<br />

socioeducacio<strong>na</strong>l de travestis, transexuais e transgêneros. Os depoimentos colhidos<br />

e a<strong>na</strong>lisados evidenciam um complexo quadro de experiências de preconceito,<br />

estigmatização, violência, exclusão e morte. Diante disso, o autor enfatiza a necessidade<br />

de urgentes reflexões a respeito das novas identidades sexuais e de gênero, a<br />

criação de espaços de respeito e convívio pacífico entre os atores que compõem as<br />

redes de ensino, fazendo com que as escolas constituam espaços de escuta, também<br />

dotados de diretrizes curriculares e projetos político-pedagógicos que promovam e<br />

garantam o efetivo enfrentamento da homofobia/travestifobia/transfobia e de seus<br />

processos de estigmatização.<br />

A<strong>na</strong> Cláudia Bortolozzi Maia, em Sexualidade, deficiência e gênero: reflexões<br />

sobre padrões definidores de normalidade, reflete sobre a imposição social de padrões<br />

definidores de normalidade em relação às <strong>sexual</strong>idade e às assim ditas “deficiências”.<br />

As deficiências aqui estudadas são mentais e físicas, e a autora chama a atenção<br />

para o fato de que lidar com os ideais e os preceitos de normalidade hegemônicos<br />

em nossa sociedade é, para todos os indivíduos, um fardo, mas tremendamente mais<br />

crítico e penoso para as “pessoas com deficiência”. E mais: em questões de gênero<br />

e <strong>sexual</strong>idade, às “deficiências” somam-se ulteriores dificuldades impostas pelos<br />

padrões definidores de normalidade <strong>sexual</strong>, o que reforça preconceitos e gera discrimi<strong>na</strong>ção.<br />

A autora ressalta a necessidade de se pensar criticamente esta questão<br />

no cenário da <strong>educação</strong>, uma tarefa indispensável para a construção de uma escola<br />

inclusiva e de uma sociedade democrática.<br />

A <strong>educação</strong> formal e a escola se deparam, cada vez mais, com projetos,<br />

recomendações e diretrizes que trazem novas e inquietantes demandas. Reivindicam-se<br />

políticas afirmativas, inclusão curricular, formação para cidadania, promoção<br />

da eqüidade, respeito à diversidade etc. Jime<strong>na</strong> Furlani observa que, ao<br />

discutirmos a adoção de ações pedagógicas que tomem como tema a <strong>sexual</strong>idade,<br />

cabe perguntar que Educação Sexual queremos, que princípios e fundamentos ela<br />

apresenta, quais são os efeitos sociais desses saberes, a que sujeitos eles dão visibilidade<br />

e quem eles ocultam. Em “Direitos Humanos”, “Direitos Sexuais” e “Pedagogia<br />

Queer”: o que essas abordagens têm a dizer à Educação Sexual?, a autora busca explicitar<br />

e questio<strong>na</strong>r pressupostos e implicações pedagógicas dessas três abordagens<br />

que mais se aproximariam de uma Educação Sexual voltada ao reconhecimento<br />

da diversidade, ao respeito à diferença e à problematização das desigualdades e<br />

das injustiças sociais. Seu interesse é pensar como a escola e as políticas públicas<br />

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