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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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trução da cidadania e <strong>na</strong> transmissão de valores democráticos. Observam que, nos<br />

últimos anos, a filiação tem se tor<strong>na</strong>do um fenômeno cada vez mais presente nos lares<br />

de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo e os debates sobre homos<strong>sexual</strong>idade,<br />

conjugalidade e parentalidade vêm se ampliando em todas as esferas sociais.<br />

Diante desta realidade e do dever de a escola estar preparada para receber todas as<br />

crianças em um ambiente livre de preconceitos e de discrimi<strong>na</strong>ções, as autoras e o<br />

autor buscam trazer elementos que auxiliem docentes e corpo diretor a acolher positivamente<br />

crianças cujos pais/mães vivam em situação de conjugalidade homoerótica<br />

ou que se reconheçam como gays, lésbicas e bissexuais. A partir de uma discussão<br />

sobre direitos humanos, cidadania e <strong>sexual</strong>idade, refletem sobre a diversidade da família<br />

como instituição social <strong>na</strong> contemporaneidade e sobre o processo de conquista<br />

de direitos civis relativos à liberdade de orientação <strong>sexual</strong>. Apontam elementos teóricos<br />

que contribuiam para o enfrentamento da homofobia e o apoio a estudantes que<br />

vivem em núcleos familiares que fogem ao modelo heteros<strong>sexual</strong>.<br />

Ambientalização de professores homossexuais no espaço escolar, escrito por Paula<br />

Regi<strong>na</strong> Costa Ribeiro, Guiomar Freitas Soares e Felipe Bruno Martins Fer<strong>na</strong>ndes,<br />

retrata uma pesquisa em busca da compreensão acerca de como, no ambiente escolar,<br />

a <strong>sexual</strong>idade é tratada e se tor<strong>na</strong> fator importante <strong>na</strong> definição identitária<br />

dos seus sujeitos e de suas relações sociais. Considerando a <strong>sexual</strong>idade como uma<br />

construção histórica e cultural, as autoras e o autor exami<strong>na</strong>m <strong>na</strong>rrativas de três<br />

professores gays e de uma professora lésbica, a fim de conhecer as formas em que se<br />

dão suas ambientalizações <strong>na</strong> instituição escolar. Das <strong>na</strong>rrativas, emergiram registros<br />

de episódios relacio<strong>na</strong>dos à construção de suas identidades sexuais e de gênero, releituras<br />

de como se “perceberam homossexuais”, o que representou ser adolescentes<br />

homossexuais e hoje, enquanto docentes, a maneira com que “assumem” ou não essa<br />

identidade no espaço escolar.<br />

A partir de um conjunto de pesquisas desenvolvidas sobre <strong>educação</strong> e relações<br />

de gênero, Dagmar E. Estermann Meyer propõe o artigo Corpo, violência e <strong>educação</strong>:<br />

uma abordagem de gênero. O trabalho explora algumas das formas pelas quais<br />

a violência se inscreve e se <strong>na</strong>turaliza em relações de poder de gênero. Sua premissa<br />

básica: é no contexto de relações de poder de gênero (<strong>na</strong>turalizadas, sancio<strong>na</strong>das e<br />

legitimadas em diferentes instâncias do social e da cultura) que determi<strong>na</strong>das formas<br />

de violência tor<strong>na</strong>m-se possíveis. Sugere que a problematização dessas relações de<br />

poder de gênero pode apontar e delinear um campo de possibilidades especialmente<br />

significativo para reflexão e intervenção de educadores/as e isso, por sua vez, pode<br />

contribuir para minimizar, de forma importante, o exercício de algumas formas de<br />

violência de gênero, entre elas, a homofobia.<br />

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