Refutando o Preterismo Completo - Revista Cristã Última Chamada.
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“Nesta seção do sermão de Paulo no Areópago em Atenas (centro da<br />
filosofia grega), o apóstolo começa o clímax de seu sermão, discutindo a<br />
ressurreição corporal de Cristo e sua relação com a sua exaltação. É a prova de<br />
que Ele será o juiz do mundo inteiro (oikoumenen). Então, é no versículo 32<br />
que se ouve a reação de alguns desses filósofos gregos. Eles zombaram e<br />
rejeitaram a mensagem de Paulo porque ele falou da ressurreição dos mortos<br />
(plural). Traduzido literalmente, seria “uma ressurreição de mortos”, ou “uma<br />
ressurreição de pessoas mortas (cadáveres)”. Esta declaração indica que ou o<br />
relato de Lucas é um resumo preciso do que Paulo pregou e que ele também<br />
deve ter discutido sobre a geral ressurreição dos justos e injustos no<br />
julgamento. Ou talvez, eles inferiram uma ressurreição geral baseada na<br />
ressurreição de Cristo na discussão de Paulo sobre o julgamento final. Em<br />
qualquer caso, é evidente que eles rejeitaram uma ressurreição corporal e<br />
literal de homens para fora de suas tumbas. Os filósofos gregos (exceto talvez<br />
os epicuristas) não tinham nenhum problema com o conceito da imortalidade<br />
da alma. Essa idéia foi ensinada por seus maiores filósofos. Mas a filosofia<br />
grega rejeitou enfaticamente a idéia de uma ressurreição do corpo. Eles<br />
consideravam o aspecto (carne e ossos) corporal do homem como<br />
intrinsecamente inferior e menor em relação ao espírito do homem. Estas<br />
observações levantam as seguintes questões. Se todos os homens que se<br />
tornam cristãos experimentam apenas uma ressurreição espiritual (como<br />
muitos preteristas completos afirmam), porque os filósofos gregos se<br />
opuseram a tal doutrina? Não, claro que não! Se a ressurreição era apenas uma<br />
metáfora para a restauração de Israel no ano 70 d.C., como outros hiperpreteristas<br />
ensinam, seria isto ofensivo aos gregos que vivem longe de Israel,<br />
em Atenas? Não, isto seria improvável [...].<br />
Se o artigo definido foi intencionalmente omitido antes da expressão<br />
anastasin nekron (a ressurreição de mortos) porque a ressurreição de Jesus só<br />
se entende como uma amostra, então por que Paulo simplesmente não<br />
explicou que a ressurreição de Cristo era apenas um tipo, um caso temporário,<br />
para resgatar as almas dos cristãos fora do Hades como muitos preteristas<br />
completos afirmam. Além disso, eles ensinam que uma vez que Jesus cumpriu<br />
sua missão, seu corpo humano foi dissolvido ou armazenado, como um<br />
monumento. Tal ensino seria muito menos ofensivo aos gregos do que a<br />
tradicional visão ortodoxa cristã.<br />
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