VIII. Comunidades portuguesas dos Estados Unidos

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Onésimo Teotónio de Almeida
emigrantes que se naturaliza, passando a usufruir, como a lei portuguesa
permite, da dupla cidadania.
2. Uma maior integração na vida social e política americana, a nível estadual
e do governo local 80 . Na Califórnia, essa participação chegou a nível federal,
com a eleição de já cinco congressistas para a Câmara dos Re pre sen -
tantes em Washington 81 .
3. A mulher, que é, em regra, quem no casal mais aprecia os benefícios da
emigração e mais facilmente se adapta ao país de acolhimento, tem vindo
a revelar sinais de emancipação, se bem que hoje, no geral, a pressão familiar
se faça sentir mais fortemente do que no país de origem 82 .
4. Uma crescente desactivação do envolvimento na vida política de Portugal,
apesar de se manter o interesse no País, alimentado sobretudo pela RTP-
-Internacional 83 .
5. A entrada da Florida na rede luso-americana. Muitas famílias aposentadas
mudaram-se e continuam a mudar-se para Estados do Sul, sobretudo a
Florida.
6. Saída do seio da comunidade de filhos de emigrantes mais qualificados,
em busca de empregos mais consentâneos com a sua preparação académica
e profissional.
7. Crescimento de algumas empresas portuguesas fora dos limites do mercado
étnico. Sobretudo empresas de construção, mas não só; várias delas
atingem hoje dimensões regionais e nacionais 84 .
8. Graças à proliferação de restaurantes e do crescimento das redes de distribuição
de produtos portugueses, manufacturados por empresas com
base comunitária, a gastronomia portuguesa ultrapassou as fronteiras étnicas,
se bem que esteja longe de uma representação nacional 85 .
9. Decréscimo de leitores da imprensa comunitária portuguesa, se bem que
o número de publicações se tenha mantido estável. Alguns jornais têm
procurado aumentar as suas páginas em inglês. Um deles faz questão de
ser mesmo bilingue – O Jornal, de Fall River 86 .