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VIII. Comunidades portuguesas dos Estados Unidos

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<strong>VIII</strong> COMUNIDADES PORTUGUESAS NOS ESTADOS UNIDOS...<br />

400<br />

20 Toda a história deste processo está hoje devidamente investigada e publicada. Com um<br />

apoio da FLAD e da Direcção Reginal das <strong>Comunidades</strong> da Região <strong>dos</strong> Açores, a editora<br />

Gávea-Brown encomendou a Daniel MARCOS o projecto de investigação que resultou na<br />

publicação do livro The Capelinhos Eruption: Window of Opportunity for the Azorean<br />

Emigration (Gávea-Brown, 2008). A versão portuguesa deverá ser publicada em Angra do<br />

Heroísmo, pelo Instituto Açoriano de Cultura, com o título Vulcão <strong>dos</strong> Capelinhos: Janela de<br />

Oportunidade para a Emigração Açoriana.<br />

21 Esta foi a cláusula que permitiu a entrada de massa cinzenta de todo o mundo, o chamado<br />

brain drain, de que se queixam muitos países exportadores de cérebros para os EUA.<br />

22 A PAPS (Portuguese-American Post-Graduate Society) tem cerca de 400 membros espalha<strong>dos</strong><br />

por todo o país e está muito longe de congregar to<strong>dos</strong> os portugueses com grau académico<br />

superior a trabalhar presentemente nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>.<br />

23 Uma obra que capta muito bem essa nova mentalidade e que, na altura da sua publicação,<br />

foi muito influente, é: Michael NOVAK, The Rise of the Unmeltable Ethnics (Nova Iorque,<br />

Macmillan, 1972).<br />

24 Curiosamente, há, de parte a parte, preconceitos acentua<strong>dos</strong> que dificilmente se desfarão.<br />

Parece incrível como duas comunidades que tanto se visitam – a açoriana <strong>dos</strong> Açores e a açoriana<br />

da Nova Inglaterra e Califórnia – tenham tantos preconceitos recíprocos. (Poderia dar<br />

uma série de exemplos, mas constituímos to<strong>dos</strong> afinal um número reduzido e seria inevitável<br />

a personalização.)<br />

No domínio da cooperação entre as nove e a décima ilha, o que falta de facto é uma clarificação<br />

<strong>dos</strong> interesses mútuos. Não a de uma política global (que ninguém consegue ter hoje,<br />

a não ser nos papéis e nos programas eleitorais), mas a identificação, por parte <strong>dos</strong> diversos<br />

sectores, instituições e organizações, de áreas específicas em que se poderá desenvolver a cooperação<br />

com benefícios para ambos os la<strong>dos</strong>. Há um investimento acentuado nas visitas<br />

mútuas, no turismo do coração, nas cidades e vilas geminadas, nas visitas às reuniões de confraternização<br />

das gentes desta e daquela localidade ou concelho, mas fica-se normalmente<br />

por aí. O capital afectivo ultrapassa, nesses dias de festa, a marca <strong>dos</strong> 10 000 como a bolsa de<br />

valores, mas esmorece ou desce em queda livre nos meses que se lhe seguem, até ao encontro<br />

no ano seguinte.<br />

25 (Cambridge, MA, Harvard University Press, 1995), p. 179.<br />

26 Breakup: The Coming End of Canada and the Stakes for America, Nova Iorque, W. W.<br />

Norton, 1994, p. 210.<br />

27<br />

IDEM, pp. 180-1.<br />

28<br />

IDEM, p. 181.<br />

29 Desconfortáveis perante essa realidade tão próxima da família de cada qual, os açorianos<br />

da camada superior da pirâmide socioeconómica voltaram-se sempre para a Europa. Pela<br />

porta da Europa poderão ao menos, então e finalmente, aceitar que a América tenha algo a<br />

oferecer aos Açores e que o facto de nesse país existir um contingente grande de ex-patrícios<br />

constitua um veículo para a cooperação internacional, hoje cada vez mais desejada e necessária.<br />

Aqui ao pé da porta, um pouco para lá das Flores e Corvo, fica a décima ilha com<br />

gente destas terras que, por mais fun<strong>dos</strong> que cavem os alicerces das suas casas em terras americanas,<br />

continuam a gostar de as ter voltadas para este lado do mar.

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