18.04.2013 Views

Fernando Miguel Marques Jalôto Música de Câmara da 1ª metade ...

Fernando Miguel Marques Jalôto Música de Câmara da 1ª metade ...

Fernando Miguel Marques Jalôto Música de Câmara da 1ª metade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Coimbra!), compassos 14 a 20. Em Coimbra é usa<strong>da</strong> apenas a clave <strong>de</strong> fá, mesmo<br />

quando o baixo ascen<strong>de</strong> a fá3.<br />

c) Em Coimbra, na sonata op.2 n.º7 (sonata 13 em Coimbra), 3º an<strong>da</strong>mento "Saraban<strong>da</strong><br />

Largo", o copista usa a clave <strong>de</strong> tenor para os compassos 4 e 5 (o baixo ascen<strong>de</strong> a um<br />

único mi3); em Paris e em Londres o baixo mantém-se sempre na clave <strong>de</strong> fá. Parece-nos<br />

que o copista do MM62 dificilmente tomaria a iniciativa <strong>de</strong> alterar uma clave – sobretudo<br />

por causa uma só nota – estando a copiar tão apressa<strong>da</strong>mente neste ponto do<br />

manuscrito. Claramente o seu original possuía também uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> clave neste<br />

local.<br />

3. A notação melódica.<br />

Não apresentaremos aqui to<strong>da</strong>s as variantes em que Coimbra nos apresenta notas<br />

diferentes <strong>de</strong> Paris ou Londres, sobretudo porque na maioria <strong>da</strong>s vezes são claramente<br />

erros do copista. Este, quando se apercebe, traça a nota erra<strong>da</strong> e, não só a corrige,<br />

reescrevendo-a na pauta, como escreve em notação alfabética a sua ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira altura.<br />

No entanto, apresentamos alguns exemplos que comprovam que a cópia <strong>de</strong> Coimbra<br />

prova não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres, ao não repetir os erros cometidos pela edição <strong>de</strong> John<br />

Walsh:<br />

a) sonata op.1 n.º1, 2º an<strong>da</strong>mento "Allegro", compasso 43, baixo, 3º tempo: Londres<br />

apresenta mi2, enquanto Paris e Coimbra indicam dó2;<br />

b) sonata op.2 n.º6 (sonata 12 em Coimbra), no 4º an<strong>da</strong>mento "Allegro", compasso 138,<br />

violino, 1º tempo: Londres apresenta lá4; em Paris e Coimbra encontramos sol4.<br />

Duvi<strong>da</strong>mos que um copista tão apressado e <strong>de</strong>satento como o <strong>de</strong> Coimbra, responsável<br />

por tantos erros não corrigidos, fosse <strong>da</strong>r conta <strong>de</strong>stas duas faltas (que harmónica e<br />

melodicamente são irrelevantes) e as corrigisse – isto se estivesse a copiar o códice MM62<br />

a partir <strong>da</strong> edição <strong>de</strong> Londres, facto que nos parece ser ca<strong>da</strong> vez mais altamente<br />

improvável.<br />

4. A notação rítmica.<br />

A forma <strong>de</strong> agrupar colcheias ou semicolcheias em grupos <strong>de</strong> duas ou quatro uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

quer no baixo quer no violino é substancialmente diferente entre Coimbra e as edições <strong>de</strong><br />

Paris e Londres. Contudo, estas também diferem muito entre si. Seria importuno<br />

<strong>de</strong>screver aqui, mesmo que parcialmente, to<strong>da</strong>s as variantes. Sintetizando a nossa<br />

pesquisa, no agrupamento <strong>da</strong>s células rítmicas acima referi<strong>da</strong>s, e apesar <strong>de</strong> tantas<br />

58

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!