Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

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Rapidinho
variedade Precoce de arroz, ana 5011
surge como alternativa vantajosa ao
milho na safrinha do centro-oeste
As lavouras do Centro-Oeste brasileiro
devem trazer novidades na próxima
safra, em 2012. A partir do lançamento
da variedade de arroz superprecoce ANa
5011, desenvolvida pela empresa Agro
Norte Pesquisa e Sementes, produtores
poderão usá-la em substituição ao milho,
plantado após a colheita da soja.
Segundo o engenheiro agrônomo Mairson
Santana, a nova cultivar é sinônimo
de maior produtividade, melhor qualidade
de grão e mais rentabilidade para o
produtor.
Há oito anos a Agro Norte começou
a trabalhar no desenvolvimento de um
sistema de produção para as propriedades
agrícolas, aponta Santana. O objetivo
era encontrar um modo que permitisse
o plantio de duas safras nobres
com produtos de melhor remuneração
no mercado, integrando o arroz. Com
o sistema bem definido, as vantagens
começaram a ser observadas. Além de
aumentar a renda na propriedade, o
agricultor qualifica as condições de solo
e obtém impacto positivo no manejo de
pragas, doenças e de ervas daninhas.
Junto a isso, problemas comuns, como
nematoides, pragas de solos e soja louca
são amenizados.
Hoje o Mato Grosso tem mais de
seis milhões de hectares de plantações
de soja que necessitam de rotação de
culturas, o que reforça a necessidade
de diversificação. Com a variedade ANa
5011, o produtor se vê diante de mais
uma opção. O lançamento, também
chamado de Precocinho, permite realizar
o plantio durante o mês de janeiro.
O ciclo curto, de 85 a 90 dias, resulta
em colheita no mês de abril. De acordo
com Santana, o grão pode ser semeado
de forma direta, com plantadeira de
soja. Assim há melhor distribuição da
planta e controle da profundidade no
solo e de ervas daninhas.
Outro ponto de destaque do material
refere-se à produtividade. Ao plantar o
ANa 5011, o produtor poderá colher cerca
de três toneladas por hectare, o que
resulta em torno de 50 a 55 sacos. Alia-
do a isso, o baixo custo e a necessidade
de pouco investimento proporcionam
faturamento ainda maior se comparado
à cultura do milho.
PASTAGENS De acordo com o engenheiro
agrônomo Mairson Santana,
da Agro Norte, a opção pelo cultivo
do arroz, após a colheita da soja, traz
outros benefícios, além dos citados. A
orizicultura é uma opção viável para a
rotação de cultura, pois também têm as
vantagens de aerar o solo, aumentar a
matéria orgânica e a produtividade da
soja nos anos subsequentes ao plantio
do arroz.
O uso para a renovação de pastagens
é mais um dos fatores que motivam a
plantação do cereal, segundo Santana.
Se usada para a recuperação de áreas
degradadas, a lavoura de arroz permite
ao pecuarista aumentar a carga animal
na propriedade, melhorar a qualidade
dos pastos e elevar de forma significativa
a renda, além de pagar o custo de
todo o processo.
Na busca cada vez mais acentuada
por alternativas, Santana acredita que
está comprovada a revolução que o ar-
Inor Ag. Assmann
roz de terras altas passa no momento. A
base sustentável, por sua vez, encontra-
-se, a longo prazo, pautada na produtividade
e na qualidade do grão produzido.