Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

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Inor Ag. Assmann
O que será o
amanhã?
O Brasil tem inegável vocação para a
colheita de arroz, peculiaridade que reafirma
a expertise do agronegócio como
um todo. Algumas das melhores e mais
eficientes tecnologias de cultivo desse
grão, sob os pontos de vista econômico
e ambiental, hoje são adotadas em lavouras
de diferentes perfis, espalhadas
no imenso território nacional.
E, embora as terras altas das regiões
de Cerrado do Centro-Oeste alcancem
bons índices de produtividade em
variedades de sequeiro, ou as várzeas
do litoral do Atlântico Norte estejam
inseridas no processo, é fato que arroz
hoje é um grão que rima com Sul. E que
parece gostar especialmente das plantações
irrigadas.
O Rio Grande do Sul, no extremo meridional,
responde sozinho por mais de
65% da safra 2010/11. Santa Catarina,
seu vizinho, amplia significativamente
essa participação sulista. Ambos asseguram
o abastecimento doméstico e
ainda garantem excedente exportável.
Essa supremacia impressiona, e cumpre
inclusive avaliar com cuidado os
fatores que contribuem para tamanha
projeção: se por um lado a competência
fica líquida e patente, por assim dizer,
por outro pode estar sendo evidenciada
uma certa dependência regional a esse
grão, a par da vocação natural de certas
áreas. E, em assim sendo, haverá sempre
prós e contras.
A primeira leitura é que, em ano de
clima plenamente favorável e de lavouras
formadas em larga escala, a colheita
é abundante. Essa terra é mesmo
talhada para arroz. Não por acaso, a
safra deverá ser concluída com novo
recorde de produção.
O problema, num cenário tal, e ainda
mais quando os estoques mundiais
dão conta da demanda, acaba apare