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Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

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114<br />

<strong>Arroz</strong> agrega<br />

certificações Para o arroz e Para o feijão e a<br />

industrialização <strong>do</strong>s grãos são alternativas<br />

Para incrementar o consumo, segun<strong>do</strong> estudiosos<br />

Os brasileiros costumam consumir<br />

arroz e feijão quase que totalmente<br />

sob a forma in natura. Para o pesquisa<strong>do</strong>r<br />

Alci<strong>do</strong> Elenor Wander, da Embrapa<br />

<strong>Arroz</strong> e Feijão, de Santo Antônio de<br />

Goiás (GO), é necessário que haja uma<br />

mudança de percepção sobre o real valor<br />

desses grãos. “O arroz longo-fino é<br />

o produto que mais sofre substituição<br />

com o aumento da renda <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r”,<br />

constata.<br />

Wander defende que dentro da cadeia<br />

produtiva ocorram investimentos<br />

em produtos diferencia<strong>do</strong>s, que contenham<br />

valor adiciona<strong>do</strong> ao grão, seja<br />

em termos nutricionais seja relaciona<strong>do</strong>s<br />

à forma de produção, com respeito<br />

a causas sociais e ambientais. “Nesse<br />

contexto, surgem estratégias como<br />

as certificações de arroz orgânico, de<br />

produção integrada ou com indicação<br />

geográfica”, exemplifica.<br />

Outra alternativa, conforme o pesquisa<strong>do</strong>r,<br />

é a transformação <strong>do</strong> cereal<br />

em subprodutos, prática pouco explorada<br />

no Brasil. “Basta darmos uma olhada<br />

na prateleira <strong>do</strong>s supermerca<strong>do</strong>s nos<br />

países asiáticos e vermos a diversidade<br />

de produtos industrializa<strong>do</strong>s que têm o<br />

arroz como um <strong>do</strong>s seus ingredientes”,<br />

compara. Para ele, medidas como a inserção<br />

<strong>do</strong> grão na merenda escolar e na<br />

distribuição de cestas básicas são importantes.<br />

“A questão é que só isso não<br />

resolve. Precisamos mais e a indústria<br />

de transformação é uma grande aliada<br />

no processo”, acredita.<br />

Com relação ao feijão, Wander observa<br />

que o problema da queda de<br />

consumo não é tão acentua<strong>do</strong> porque<br />

não existe um substituto direto à le-<br />

guminosa. “O foco no feijão também<br />

deve ser volta<strong>do</strong> para produtos com<br />

qualidade nutricional diferenciada, de<br />

preferência com selos de conformidade<br />

em relação a questões sociais e<br />

ambientais, que estão se tornan<strong>do</strong> as<br />

principais barreiras <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s modernos”,<br />

enfatiza.<br />

NOVO OLHAR Toda a pesquisa e<br />

a produção de arroz no Brasil estão voltadas<br />

às altas produtividades e à qualidade<br />

<strong>do</strong> grão, essenciais para o consumo<br />

humano. O presidente da Federação<br />

das Associações de <strong>Arroz</strong>eiros <strong>do</strong><br />

Rio Grande <strong>do</strong> Sul (Federarroz), Renato<br />

Rocha, lembra que existe excedente de<br />

2,5 milhões de toneladas <strong>do</strong> cereal no<br />

Mercosul (bloco econômico que reúne<br />

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).<br />

“Se seguir nesse ritmo, em 2020 a sobra<br />

será de 8 milhões de toneladas”,<br />

constata.<br />

Diante dessa realidade, Rocha defende<br />

que se criem novas alternativas<br />

para o arroz, como o uso <strong>do</strong> grão na<br />

produção de ração animal e de biocombustíveis.<br />

“No Japão, parte da<br />

produção de arroz é destinada para<br />

ser transformada em álcool”, observa.<br />

O presidente da Federarroz lembra<br />

ainda que, para essas atividades, que<br />

não envolvam consumo humano, não<br />

há necessidade de variedades de alto<br />

rendimento. “Os grãos podem ser quebra<strong>do</strong>s,<br />

com defeito e gessa<strong>do</strong>s. Temos<br />

que incentivar isso aí”, conclui.<br />

Inor Ag. Assmann

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