18.04.2013 Views

Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sílvio Ávila<br />

68<br />

Um merca<strong>do</strong> em disputa<br />

indústrias de arroz <strong>do</strong> mato grosso concorrem com o cereal<br />

vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> sul <strong>do</strong> País Pelo merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> norte e nordeste<br />

Não apenas nas lavouras, mas também<br />

em suas unidades industriais, o<br />

Mato Grosso verifica uma nova realidade.<br />

Atualmente, as indústrias estabelecidas<br />

no Esta<strong>do</strong> disputam merca<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> Norte e <strong>do</strong> Nordeste com o<br />

arroz <strong>do</strong> Sul, diante da qualidade similar<br />

ao grão “agulhinha” irriga<strong>do</strong>. O<br />

cereal de “terras altas”, ou “tropical”,<br />

é comercializa<strong>do</strong> no Pará, em Goiás,<br />

no Tocantins, no Ceará, no Maranhão<br />

e no Piauí. Com o enxugamento da<br />

produção, a partir de 2006, mesmo<br />

com o salto de qualidade, o parque<br />

industrial mato-grossense diminuiu<br />

de 80 para cerca de 30 empresas, ca-<br />

pazes de beneficiar até 850 mil toneladas<br />

por ano.<br />

O presidente <strong>do</strong> Sindicato da Indústria<br />

<strong>do</strong> <strong>Arroz</strong> <strong>do</strong> Mato Grosso (Sindarroz-MT),<br />

Ivo Fernandes Men<strong>do</strong>nça,<br />

explica que, com os preços baixos <strong>do</strong><br />

primeiro semestre de <strong>2011</strong> no Sul <strong>do</strong><br />

País, a disputa por merca<strong>do</strong> fora <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> é difícil. “O arroz gaúcho está<br />

muito barato. Não dá para competir”,<br />

sentencia. Enquanto no dia 15<br />

de abril uma saca de 60 quilos de<br />

arroz em casca, com 58% de grãos<br />

inteiros, valia R$ 28,00 ao produtor<br />

mato-grossense, em Santa Catarina a<br />

saca com 50 quilos <strong>do</strong> mesmo padrão<br />

valia, em média, R$ 20,50, e no Rio<br />

Grande <strong>do</strong> Sul, R$ 19,00.<br />

Conforme Men<strong>do</strong>nça, o fluxo de<br />

compra das indústrias <strong>do</strong> Mato Grosso<br />

é normal na atual safra. “O produtor<br />

está mais capitaliza<strong>do</strong> por causa da<br />

soja, <strong>do</strong> algodão e <strong>do</strong> milho. E o custo<br />

de produção <strong>do</strong> arroz é menor <strong>do</strong> que<br />

no Sul, pois não há irrigação. Dá para<br />

segurar e vender mais tarde”, afirma.<br />

Os preços seguirão melhores no Centro-Oeste<br />

<strong>do</strong> que no Sul <strong>do</strong> Brasil, na<br />

opinião <strong>do</strong> industrial. “Não há tanta<br />

concentração, como no Sul. Então, a<br />

oferta e a demanda são equilibradas”,<br />

cita o presidente <strong>do</strong> Sindarroz-MT.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!