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Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

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Sílvio Ávila<br />

14<br />

Fora de alcance<br />

arroz não foi atingi<strong>do</strong> Pela escalada nos Preços<br />

globais <strong>do</strong>s alimentos e abastecimento está<br />

garanti<strong>do</strong> com safra e estoques mundiais maiores<br />

Entre os produtos alimentares de<br />

circulação internacional, o arroz é<br />

aquele de maior consumo fora da escalada<br />

mundial de preços, o que gerou<br />

um alerta da Organização das Nações<br />

Unidas para Agricultura e Alimentação<br />

(FAO) para o aumento da fome no planeta.<br />

Isso porque a produção mundial<br />

<strong>do</strong> cereal em 2010 subiu e essa tendência<br />

está mantida para <strong>2011</strong>, garantin<strong>do</strong><br />

a abundância <strong>do</strong> grão. Os estoques<br />

também cresceram.<br />

Relatório divulga<strong>do</strong> em março pela<br />

FAO assinala que a produção mundial<br />

de arroz em 2010 subiu 2,5% em relação<br />

à safra 2009, apesar das más<br />

condições climáticas em certos países<br />

asiáticos. “Estima-se que a produção<br />

mundial tenha supera<strong>do</strong> 700 milhões<br />

de toneladas – equivalente a 467,3<br />

milhões de t de arroz branco – contra<br />

683 milhões de t <strong>do</strong> cereal em casca<br />

em 2009”, revela Patrício Méndez del<br />

Villar, analista de merca<strong>do</strong>s de arroz <strong>do</strong><br />

Centro de Cooperação Internacional em<br />

Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento<br />

(Cirad), da França.<br />

Segun<strong>do</strong> ele, graças à expansão<br />

das áreas plantadas, que alcançaram<br />

a 162 milhões de hectares em 2010,<br />

as colheitas foram muito boas. A exceção<br />

foi o Paquistão, que por causa<br />

de sérias inundações perdeu um terço<br />

da produção. Ainda assim, com os excedentes<br />

exportáveis de Tailândia, Vietnã,<br />

Laos, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Mercosul,<br />

o merca<strong>do</strong> mundial manteve a estabilidade<br />

de oferta.<br />

A comercialização internacional foi<br />

mais intensa em 2010, com ampliação<br />

de 6% <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, ou 1,3 milhão de<br />

t. De to<strong>do</strong> o arroz colhi<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong>,<br />

apenas 6,7% foi transaciona<strong>do</strong> entre<br />

países. Cerca de 90% de to<strong>do</strong> esse<br />

cereal é produzi<strong>do</strong> e consumi<strong>do</strong> na<br />

Ásia. O Brasil se manteve entre os 10<br />

maiores exporta<strong>do</strong>res de 2010 e um<br />

<strong>do</strong>s principais importa<strong>do</strong>res. No grupo<br />

de compra<strong>do</strong>res também estão África<br />

Subsaariana, Bangladesh, Filipinas,<br />

China, México e países <strong>do</strong> Leste da<br />

Ásia, das Américas Andina e Central,<br />

<strong>do</strong> Caribe e da Europa.<br />

Em 2010, o comércio mundial movimentou<br />

31,5 milhões de t de arroz<br />

(base beneficia<strong>do</strong>), contra 29,7<br />

milhões em 2009. Em <strong>2011</strong>, deve se<br />

manter praticamente estável, em 31,4<br />

milhões de t, queda de 0,3%. “A capacidade<br />

exportável <strong>do</strong>s grandes exporta<strong>do</strong>res<br />

mundiais é suficiente para<br />

atender a uma demanda global relativamente<br />

estável”, diz Villar.<br />

Ainda de acor<strong>do</strong> com os números<br />

da FAO, os estoques mundiais ao fim<br />

de 2010 haviam se eleva<strong>do</strong> para 130<br />

milhões de t, contra 125 milhões em<br />

2009. Segun<strong>do</strong> o analista <strong>do</strong> Cirad, esse<br />

volume de reservas representa 29% das<br />

necessidades globais. “Em <strong>2011</strong>, os estoques<br />

mundiais podem aumentar mais<br />

uma vez para 137 milhões de t, valor<br />

que pode ser revisa<strong>do</strong> para baixo devi<strong>do</strong><br />

a um possível aumento <strong>do</strong> consumo<br />

mundial”, aponta.

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