Anuário Brasileiro do Arroz 2011 - Unemat

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Tocando em frente
Por meio de Parceria entre instituições, tocantins
deverá sediar centro de Pesquisa na área orizícola
voltado a grãos com alto Padrão de qualidade
Entre montanhas, corredeiras, dunas,
reservas indígenas, lagoas e cidades
históricas, Tocantins constitui o
seu cenário. Na economia, encontra sua
base principalmente no comércio, na
pecuária e na agricultura. Nesse meio,
o arroz surge como um dos principais
cultivos. E é pensando no seu desenvolvimento
que está sendo criado o Centro
de Pesquisa Agroambiental da Várzea
(CPAV), na fazenda Bom Jesus, município
de Lagoa da Confusão. A estrutura
decorre de parceria entre as Embrapas
Arroz e Feijão (GO), Pesca e Aquicultura
(TO) e Transferência de Tecnologia (DF);
a Fundação Universidade do Tocantins
(Unitins) e a Secretaria Estadual da
Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento
Agrário (Seagro).
A iniciativa, que visa a incentivar a
produção irrigada de arroz, é direcionada
particularmente ao Sudoeste do Estado.
Conforme o engenheiro agrônomo Jose
Waltex Alexandre Aguiar, da Seagro, a
expectativa é de que o centro seja implantado
no menor tempo possível, pois
há pesquisas em andamento. Por isso, a
meta é iniciar as atividades ainda no primeiro
semestre de 2011. Com as portas
abertas, poderão ser realizados estudos
na área de melhoramento genético, cujo
intuito seja desenvolver variedades com
alto padrão de qualidade para o consumo
e resistentes a doenças. O centro,
acreditam os empreendedores, deverá
alavancar o desenvolvimento agrícola da
região.
No Sudoeste, que compreende os municípios
de Pium, Formoso do Araguaia,
Lagoa da Confusão e Dueré, a produção
orizícola ocupa 62 mil hectares, con-
forme dados da Seagro. A escolha pela
região, por sua vez, ocorreu devido à característica
das várzeas, predominantes
nessas cercanias, com forte importância
ambiental e agrícola. Muitas delas, entretanto,
apresentam a possibilidade de
implantar culturas irrigadas por inundação
ou por subirrigação.
ESPAÇO PARA CRESCER De
acordo com a Seagro, o arroz irrigado
tem potencial muito grande de desenvolvimento
no Tocantins. Atualmente,
quase metade do cereal produzido provém
das várzeas. Essa boa performance,
contudo, poderia ser ainda maior se
fossem adotados sistemas de produção
tecnificados. Por meio do melhoramento
genético, do manejo da cultura e do
ambiente, da produção de sementes de
qualidade e de ações de transferência de
tecnologia, o Estado pretende criar novo
cenário no ramo da pesquisa na área ori-
zícola. Jose Waltex Alexandre Aguiar, da
Seagro, acredita que esses fatores irão
viabilizar ainda mais a atividade orizícola.
Dessa forma, o Tocantins poderá
ampliar seu horizonte de diversidade e
de desenvolvimento.
Para o andamento das atividades no
Centro de Pesquisa Agroambiental da
Várzea (CPAV), as instituições parceiras
irão disponibilizar, dentro da sua área de
atuação, pesquisadores e técnicos, água
de irrigação, máquinas e equipamentos.
Além disso, vão realizar o monitoramento
de pragas, doenças e inimigos
naturais das áreas-pilotos de produção
de arroz e a manutenção de aterros e
canais, além de proporcionar estrutura
física adequada.
Robispierre Giuliani
Segundo Aguiar, a ideia de implantar
o Centro surgiu em 2002 com um
Termo de Cooperação Técnica entre a
secretaria e a Embrapa Arroz e Feijão.
Para o novo local, há área total de 157
ha, sendo que o terreno reservado para
produção e pesquisa apresenta área
global de 145 ha. Como 90% do arroz
produzido no Tocantins é enviado aos
estados das regiões Norte e Nordeste,
principalmente Pará, Maranhão e Piauí,
a parceria vai além e tem maior repercussão.
O centro de pesquisa também
é visto como mecanismo de ação conjunta,
onde todos os participantes se
tornam corresponsáveis pelo desenvolvimento
do arroz no Estado e ainda são
recompensados pela ação empenhada.