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vida de jesus ditada por ele mesmo - 07/04/2013 - Escola da Luz

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Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jesus Dita<strong>da</strong> <strong>por</strong> Ele <strong>mesmo</strong><br />

Ana não fazia parte do parentesco <strong>de</strong> Simão; mas ela e seu<br />

marido foram-me <strong>de</strong>dicados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a época em que os encontrei na<br />

casa <strong>de</strong> Betânia; o marido prestou-me muitos serviços em<br />

Jerusalém. Chamava-se Gabes.<br />

Meus amigos <strong>de</strong> Jerusalém palmilhavam com freqüência o<br />

caminho <strong>de</strong> minha mora<strong>da</strong> em Betânia, <strong>por</strong> haver julgado eu,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns dias <strong>de</strong> agitação, que se tornaria necessário<br />

afastar-me do meio <strong>da</strong>s massas para fazer que meus discípulos se<br />

compenetrassem melhor <strong>da</strong> gran<strong>de</strong>za do ato que estava para<br />

cumprir. Eu o procurava assim com graves discursos, com a<br />

soleni<strong>da</strong><strong>de</strong> do enviado divino, com formas simbólicas, com<br />

palavras profun<strong>da</strong>s e fáceis <strong>de</strong> interpretar <strong>de</strong> diferentes maneiras,<br />

para reunir todos os homens, fortes e fracos, livres e<br />

supersticiosos, no sentimento <strong>de</strong> meu <strong>ele</strong>vado <strong>de</strong>stino. Se tivesse<br />

falado unicamente <strong>de</strong> maneira a fazer-me compreen<strong>de</strong>r dos que<br />

raciocinavam a respeito <strong>de</strong> minhas doutrinas e dos títulos que eu<br />

tomava, haveria fracassado ante a posteri<strong>da</strong><strong>de</strong> e minha luz ter-se-ia<br />

apagado com o sopro do furacão que estava <strong>por</strong> arrebatar-me<br />

cor<strong>por</strong>almente.<br />

Eram-me necessários os partidários do maravilhoso para<br />

sustentar o pe<strong>de</strong>stal sobre o qual se levantaria minha filiação<br />

divina. Eram-me necessárias massas ignorantes para arrastar as<br />

fantasmagorias dos homens mais ou menos sinceros em seus<br />

juízos, mais ou menos interessados em seus cálculos. Eu<br />

compreendia a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empregar um silêncio hábil com<br />

respeito aos erros que assinalariam minha personali<strong>da</strong><strong>de</strong> com um<br />

distintivo divino, e o interesse do <strong>por</strong>vir seria o que me indicaria<br />

as atitu<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>via tomar, os gestos, a frieza, a força, em meio<br />

<strong>da</strong>s <strong>de</strong>monstrações furiosas, <strong>da</strong>s acusações estúpi<strong>da</strong>s brota<strong>da</strong>s do<br />

ódio, <strong>da</strong> embriaguez amorosa, dos dislates <strong>da</strong> creduli<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong><br />

alteração <strong>da</strong>s leis naturais. Porém, confiava no meu caráter <strong>de</strong><br />

Messias para aplainar o caminho a meus sucessores, contando com<br />

sua clarividência e com sua probi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Eu queria, ao oferecer-me<br />

como vítima sobre o altar <strong>de</strong> Deus, agitar mais e mais essa<br />

multidão <strong>de</strong> ímpios e <strong>de</strong>linqüentes que em todos os tempos sujam<br />

seus lábios com a mentira e fazem transbor<strong>da</strong>r o ódio <strong>de</strong> seus<br />

corações; <strong>por</strong>ém tinha sobretudo em vista o confiar a meus fiéis<br />

mais inteligentes a consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> minha obra <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> minha<br />

morte.<br />

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