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Videoclipe: o elogio da desarmonia - Thiago soares 83<br />

pressupostos do estilo<br />

em videoclipe<br />

o videoclipe que, em tese, nos interessa trazer à<br />

tona nesta publicação é o massivo. aquele em que o nível<br />

de produção e difusão é articulado às grandes redes<br />

de entretenimento, marco da indústria fonográfica, enfim,<br />

um produto que existe porque é consumido. Consumido<br />

como um bem articulado a artistas da música pop, tendo<br />

como alvo, principalmente, o público jovem. É como marco<br />

integrante do que podemos chamar de cultura juvenil<br />

que o videoclipe se insere: sua vitalidade depende, essencialmente,<br />

dos mecanismos de consumo deste público,<br />

sendo, assim, um texto audiovisual que vai, em grande<br />

parte, inserir elementos de outras estratificações culturais,<br />

no âmbito da cultura jovem. Sendo produto audiovisual<br />

contemporâneo, o videoclipe é parte de um processo histórico<br />

dinâmico, onde produtores e consumidores “se encontram”<br />

no meio e, também, de onde partem definições<br />

acerca dos usos do clipe. De forma que a existência do videoclipe<br />

pressupõe uma configuração estrutural e de uso,<br />

compreendendo uma lógica de produção, dentro de uma<br />

escala de circulação e de consumo. Podemos falar, portanto,<br />

de uma existência social dinâmica dos videoclipes.<br />

esta existência social dinâmica parece articular dois<br />

segmentos da comunicação de uma maneira bastante peculiar:<br />

o cinema e a publicidade. Do cinema, o videoclipe<br />

irmanou-se de uma configuração de linguagem que pode<br />

partir de analogias a escolas e movimentos de vanguarda,<br />

passando por “ousadias” técnicas e principal manancial<br />

de citações, chegando a uma estruturação narrativa concentrada<br />

– peculiar da linguagem do curta-metragem, por<br />

exemplo. Da publicidade, o clipe bebe da fonte dos maneirismos<br />

estéticos típicos dos produtos audiovisuais feitos<br />

para o consumo, compreendendo uma produção que “já<br />

pensa” no destino final daquele produto: o mercado. Comecemos<br />

percebendo como as relações entre videoclipe e<br />

cinema estão imbricadas.<br />

a produção de videoclipes virou uma das maiores<br />

vitrines de trabalhos para cineastas de todo o mundo. Podemos<br />

perceber uma profícua troca entre aqueles que fazem<br />

filmes e produtoras que se destinam à produção de<br />

clipes – e vice-versa. Não é de hoje que a produção de<br />

clipes funciona como escola para diretores (Jake Scott,<br />

de Plunkett & Macleane, e Mark Pellington, de Arlington<br />

Road, começaram fazendo vinhetas na MTV americana<br />

dos anos 80), mas hoje a penetração deles no mundo do<br />

cinema e dos comerciais é muito maior, caracterizando a<br />

atividade como um “tubo de ensaio” para carreiras cada<br />

vez mais promissoras. Dirigir videoclipes pode fazer com<br />

que o profissional trabalhe em condições, em geral, mais<br />

desfavoráveis que no cinema e na publicidade e com o<br />

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